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Notícias / Leilão

Obra saqueada pelos nazistas durante a Segunda Guerra será leiloada em Nova York

Quadro pintado por Marc Chagall pertencia a judeu sobrevivente de Auschwitz

Fabio Previdelli Publicado em 06/10/2022, às 13h19

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Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista - Getty Images
Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista - Getty Images

No próximo dia 15 de novembro, a casa de leilão Phillips, em Nova York, irá leiloar a obra “O Pai”, pintada em 1911 por Marc Chagall. O quadro está entre as 15 obras que foram roubadas pelos nazistas na Segunda Gurra. Posteriormente, elas foram restituídas pela França aos herdeiros das famílias saqueadas. 

Avaliada entre 6 e 8 milhões de dólares, a pintura foi adquirida em 1928 por David Cender. O luthier judeu de origem polonesa teve seus bens confiscados antes de ser enviado para o gueto de Lodz. 

Trajetória 

Pouco depois, Cender foi deportado para Auschwitz junto de sua esposa e sua filha, porém, só ele sobreviveu à Solução Final de Hitler. Em 1958,  o homem se mudou para a França, onde permaneceu até sua morte, em 1966. Àquela época, o quadro ainda não havia sido devolvido. 

A pintura chegou a ser exibida em diversas exposições ao longo dos anos e o próprio Chagall, segundo a AFP, a comprou em algum momento entre 1947 e 1953. O pintor morreu na França, em 1985.

Com isso, ‘O Pai’ passou a fazer parte do acervo de coleções nacionais, em 1988, até ser destinado ao Centro Pompidou e depois levado ao Museu de Arte e História do Judaísmo de Paris. 

A devolução 

No início desse ano, porém, o Parlamento da França aprovou uma lei para restituir os herdeiros de 15 obras de famílias judaicas saqueadas pelos nazistas. A medida foi considerada “histórica” pela ministra da Cultura Roselyne Bachelot, que apontou o texto como “um primeiro passo” importante, visto que "ainda existem obras de arte e livros saqueados nos arquivos públicos".

Com a devolução, os herdeiros de David Cender optaram por leiloar a obra, o que é uma prática comum "quando uma obra é restituída muito tempo depois porque são vários herdeiros e a obra não pode ser dividida", segundo aponta o vice-presidente da Phillips, Jeremiah Evarts.