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Notícias / Prêmio Nobel da Paz

Ativista preso em Belarus e organizações da Rússia e da Ucrânia vencem o Nobel da Paz

Nomes dos vencedores foram divulgados nesta sexta-feira, 7

Redação Publicado em 07/10/2022, às 11h23

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Ales Bialiatski, um dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz - Reprodução/Vídeo/Vimeo
Ales Bialiatski, um dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz - Reprodução/Vídeo/Vimeo

Os organizadores do comitê do Prêmio Nobel da Paz de 2022 divulgaram nesta sexta-feira, 7, os três vencedores do prêmio: a organização internacional russa pelos Direitos Humanos Memorial, a organização ucraniana Centro para as Liberdades Civis e o líder cívico bielorrusso, conhecido por seu trabalho com o Centro de Direitos Humanos Viasna, Ales Bialiatski.

Conforme divulgado pelo G1, os organizadores informaram que os três vencedores do prêmio tiveram uma grande representatividade na sociedade civil em seus países, trazendo a paz e a democracia.

O comitê do Prêmio Nobel quis honrar três campeões dos Direitos Humanos, da democracia e da co-existência pacífica nos países vizinhos Belarus, Rússia e Ucrânia. Eles honram a visão de Alfred Nobel (criador do prêmio) sobre paz e convivência, uma visão tão necessária no mundo hoje", declarou o comitê.

Organização russa Memorial

A divulgação da premiação além de acontecer durante um momento complicado no mundo, em virtude da guerra na Ucrânia que começou no dia 24 de fevereiro, também aconteceu no dia do aniversário do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Porém, a organização informou que tudo não passou de uma coincidência e que não houve intenção de mandar um recado ao presidente russo.

"Este prêmio não é endereçado ao presidente Putin, nem pelo seu aniversário, nem em qualquer outro sentido, exceto pelo de que seu governo, assim como o de Belarus, representa um governo autoritário que suprime ativistas de Direitos Humanos", informou a organização.

Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia

O Centro ucraniano divulgou nas redes sociais se sentir "orgulhoso" por ser parabenizado com o prêmio Nobel da Paz de 2022.

O escritório da Alemanha da organização russa Memorial, comentou que a premiação foi um reconhecimento dos trabalhos realizados até o momento. "Um reconhecimento do nosso trabalho com os Direitos Humanos e especialmente dos nossos colegas na Rússia, que sofreram e sofrem ataques e repressões inomináveis"

Ales Bialiatski

O ativista Ales Bialiatski, que se encontra preso em Belarus, é um dos principais opositores ao atual presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, acusado de infringir os direitos humanos no país e perseguir aqueles que declaram ser contra o seu governo.

Bialiatski busca melhorar o desenvolvimento e a democracia do país. Fundador do movimento democrático que começou em 1980, o ativista criou a Viasna em 1996, devido às polêmicas emendas constitucionais que concederam ao atual presidente, causando diversas manifestações no país.

Os organizadores do Nobel solicitaram que as autoridades da Bielorrússia liberem o ativista para que ele possa receber o prêmio.

Durante a premiação, Berit Reiss-Andersen, integrante do comitê do Nobel que divulgou os ganhadores do prêmio de 2022, disse que o prêmio não é destinado apenas para Bialiatski, mas sim para "todos os prisioneiros políticos que temos atualmente em Belarus"

Premiação

O Prêmio Nobel da Paz será entregue em Oslo, capital da Noruega, no dia 10 de dezembro, data marcada pela morte do sueco Alfred Nobel, um químico e engenheiro responsável por fundar os prêmios em seu testamento de 1895.