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Notícias / Arqueologia

Ossos de gato de mais de 1.000 anos são encontrados na antiga Rota da Seda

As ossadas estavam em um assentamento medieval em Dzhankent e revelam algo surpreendente

Vanessa Centamori Publicado em 09/07/2020, às 10h58

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Imagem ilustrativa de gato (esq.) e ossos de gato encontrados na Rota da Seda - Divulgação/Montagem/Pixabay/ Ashleigh Haruda et.al
Imagem ilustrativa de gato (esq.) e ossos de gato encontrados na Rota da Seda - Divulgação/Montagem/Pixabay/ Ashleigh Haruda et.al

Ossos de gato de mais de 1.000 anos revelaram que os gatos domésticos (Felis catus L.) já acompanhavam há milênios atrás os humanos do grupo étnico dos cazaques, na região da Rota da Seda, sul do Cazaquistão. A descoberta é de uma equipe internacional, que publicou o estudo no jornal Scientific Reports.

Na pesquisa, os especialistas estudaram um esqueleto de gato quase completo, encontrado em uma área onde havia comércio entre o Oriente e a Europa. Segundo informou em comunicado Ashleigh Haruda, da Universidade de Exeter, Inglaterra, o felino em questão teve uma vida bem difícil. 

Esquema do modelo ósseo do gato que viveu há mais de mil anos /Crédito :Divulgação/ Ashleigh Haruda et.al

 "O gato sofreu e teve vários ossos quebrados durante a sua vida", contou Haruda, que é líder do estudo. Segundo a pesquisadora e seus colegas, o animal tinha mais do que um ano de vida e há indicações de que ele foi cuidado por pessoas. 

O esqueleto do felino estava no antigo assentamento medieval em Dzhankent, que fica na Rota da Seda. As ossadas do animal, muito bem preservadas, foram analisadas em DNA. O exame revelou que o bichano tinha sofrido várias fraturas, mas na ocasião tinha sobrevivido. 

Outra análise mostrou informações sobre a dieta do gato. Ela era bem rica em proteínas, o que é mais uma pista da relação que ele tinha com os pastores locais. "[O gato] deve ter sido alimentado por humanos uma vez que o animal perdeu quase todos os dentes no final de sua vida", explicou a estudiosa.