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Notícias / Papa Bento XVI

Papa Bento XVI teria ordenado a destruição de arquivos privados, diz arcebispo

Afirmação está presente em novo livro do arcebispo Georg Ganswein, quem foi secretário do papa emérito

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 06/01/2023, às 12h17

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Papa Bento XVI, ao centro - Getty Images
Papa Bento XVI, ao centro - Getty Images

O papa emérito Bento XVI, quem faleceu no dia 31 de dezembro, ordenou, antes de morrer, que todos os seus arquivos privados fossem destruídos. É o que afirma o secretário particular do religioso, arcebispo Georg Ganswein, em seu novo livro "Nient'altro che la verità" ("Nada mais que a verdade", em tradução literal)

"Os papéis privados devem ser destruídos. Isso vale sem exceção e sem escapatória", teria declarado Joseph Ratzinger, conforme relata Ganswein.

"Recebi instruções precisas, com indicações que me sinto na obrigação de respeitar, relativas à sua biblioteca, aos manuscritos de seus livros, à documentação ligada ao Concílio e à sua correspondência", disse o arcebispo, segundo informações da agência ANSA.

Críticas a Francisco

De acordo com a fonte, o livro em questão faz críticas veladas ao papa Francisco, como, por exemplo, à sua decisão de viver na Casa Santa Marta em vez do Palácio Apostólico.

"Os espaços pessoais dos últimos pontífices foram equivalentes aos de Francisco no apartamento de Santa Marta", escreveu Ganswein.

"Não era correto contrapor o papa Francisco ao papa Bento por sua diferença na escolha da habitação. Para evitar a deterioração dos cômodos, [o Palácio Apostólico] continua precisando ser cuidado, então a questão de economia não tem nada a ver, é mais uma questão de psicologia pessoal", afirma o religioso.

Em seu livro, Georg ainda revela ter ficado bastante insatisfeito ao ter sido afastado do comando da Prefeitura da Casa Pontifícia, no ano de 2020, mesmo que, oficialmente, ainda ocupe o cargo.