Em seu primeiro pronunciamento após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, Guedes fala sobre teto de gastos e questão da fome
Redação Publicado em 18/11/2022, às 19h02
O ministro da Economia,Paulo Guedes, fez declarações, em seu primeiro pronunciamento após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais desse ano, a respeito do teto de gastos e da questão da fome no Brasil. Os temas trabalhados no pronunciamento fazem parte das estratégias do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em um evento do Ministério da Economia para celebrar os 30 anos da Secretaria de Política Econômica, Guedes afirmou:
40 milhões de pessoas passando fome, onde estavam essas pessoas que não descobriram antes? Estavam já passando fome no governo deles [PT], mas nós descobrimos os invisíveis. É válido para ganhar a eleição, mas já ganhou, cala a boca, vai trabalhar, vai construir um negócio melhor".
Segundo o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a pandemia agravou a fome no Brasil. Dados de 2022 mostram que o país possui um número de 33,1 milhões de pessoas em situação de falta de garantias de alimentos, 14 milhões a mais que em 2020.
Paulo Guedes ressaltou a importância de manter o teto de gastos, que controla os custos conforme a inflação. No entanto, o ministro admitiu que a gestão de Bolsonaro furou o teto "em situações excepcionais".
O ministro da Economia também repudiou as falas de Lula, que geraram agitação no mercado financeiro essa semana:
Que historinha é essa de conflito de social e fiscal? Isso revela ignorância, desconhecimento, incapacidade técnica de resolver problemas", afirmou Guedes.
Em outro momento, Guedes declarou que Bolsonaro é uma "força", que possivelmente vai liderar uma "banca de oposição construtiva":
[O Brasil] Continua saci pererê, pulando com a perninha esquerda pela parcialidade, mas tudo bem".
