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Pela primeira vez, moléculas de água são descobertas em asteroides

As moléculas de água foram encontradas na superfície de asteroides formados próximos ao Sol, e pode representar avanço surpreendente

Isabelly de Lima Publicado em 14/02/2024, às 08h10

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Representação 3D do asteroide Massalia - Reprodução / Astronomical Institute of the Charles University
Representação 3D do asteroide Massalia - Reprodução / Astronomical Institute of the Charles University

O Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), um projeto conjunto da Nasa e da Agência Espacial Alemã, foi fundamental para a descoberta inédita de moléculas de água na superfície de um asteroide pelo Southwest Research Institute (SwRI) dos EUA.

Publicada no Planetary Science Journal, a pesquisa focou em quatro asteroides ricos em silicato, buscando assinaturas espectrais de infravermelho médio que indicassem a presença de água molecular em dois deles.

Asteroides são restos do processo de formação planetária, então suas composições variam dependendo de onde se formaram na nébula solar", relata Anicia Arredondo, autora principal do artigo, através de nota. "De particular interesse é a distribuição de água nos asteroides, pois isso pode esclarecer como a água chegou à Terra."

Os asteroides silicatos anidros se formam perto do Sol, enquanto materiais gelados têm origem mais distante da estrela. A detecção de água nos asteroides Iris e Massalia foi um feito significativo, inspirado pela descoberta de água na Lua pelo SOFIA em 2020.

Detectamos uma característica que é inequivocamente atribuída à água molecular nos asteroides Iris e Massalia", relata Arredondo. "Baseamos nossa pesquisa no sucesso da equipe que encontrou água molecular na superfície da Lua iluminada pelo sol. Pensamos que poderíamos usar o SOFIA para encontrar essa assinatura espectral em outros corpos celestes".

Estudo contínuo

A descoberta anterior de água molecular na Lua, feita pelo SOFIA em outubro de 2020, foi um marco importante. Observações anteriores, tanto na Lua quanto em asteroides, haviam detectado hidrogênio, mas não conseguiam distinguir entre água (H2O) e hidroxila (OH), seu parente químico mais próximo, de acordo com a Galileu.

Com resultados tão promissores, a equipe do SwRI espera utilizar o Telescópio Espacial James Webb da NASA para examinar mais 30 alvos, ampliando assim a compreensão da distribuição de água no Sistema Solar.