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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores descobrem navio do período Elisabetano enterrado em pedreira

Embarcação teria sido confeccionada durante o reinado de Elisabeth I e registra um marco na modernização dos navios

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 03/01/2023, às 17h30

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Arqueólogo analisa materiais de navio naufragado - Divulgação / Wessex Archaeology
Arqueólogo analisa materiais de navio naufragado - Divulgação / Wessex Archaeology

No início de 2022, uma equipe de trabalhadores da construção civil atuavam na escavação de uma pedreira em Kent, na Inglaterra, quando encontraram uma série de materiais pouco usuais a cerca de 400 metros da costa do condado.

Ao notar que era necessária uma remoção meticulosa, contataram o conselho do condado, que contratou arqueólogos da Wessex Archaeology com o auxílio financeiro da Historic England. Para a surpresa dos envolvidos, os restos de madeira tratavam-se de parte da estrutura de um raro navio do período elisabetano.

Através de uma análise dendrocronológica com as madeiras encontradas, foi possível concluir que elas foram extraídas entre os anos de 1558 e 1580, datação compatível com o período de reinado da rainha Elizabeth I.

Arqueólogo analisa materiais de navio naufragado / Crédito: Divulgação / Wessex Archaeology

De acordo com o portal Heritage Daily, o período também coincide com uma época onde a construção de navios estava em transição, mudando das tradicionais embarcações de clínquer, adotada pelos vikings, para o formato de navio usado nos dias atuais, com uma estrutura inicial e um revestimento para estabilização, semelhante ao Mary Rose, usado para exploração e colonização.

Origem do veículo

Andrea Hamel, uma das arqueólogas marinhas envolvidas na descoberta recém-divulgada pela BBC2, no primeiro dia de 2023, esclareceu que as estruturas foram confeccionadas com carvalho inglês e ainda não há certeza se naufragou em serviço ou simplesmente foi abandonado após a modernização de outras embarcações.

“Encontrar um navio do final do século XVI preservado no sedimento de uma pedreira foi um achado inesperado, mas muito bem-vindo. O navio tem o potencial de nos dizer muito sobre um período em que temos poucas evidências sobreviventes de construção naval, mas ainda assim foi um período de grandes mudanças na construção naval e na navegação”, esclareceu Hamel.