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Notícias / Arqueologia

Primeiras fórmulas de multiplicação já registradas são descobertas na China

A escavação de uma tumba de 2.300 anos revelou tiras de bambu contendo inscrições matemáticas de grande valor histórico; confira!

Ingredi Brunato Publicado em 27/12/2023, às 10h19 - Atualizado em 05/01/2024, às 10h31

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Fotografia de tiras de bambu encontradas no local da escavação - Divulgação/ Museu Jingzhou
Fotografia de tiras de bambu encontradas no local da escavação - Divulgação/ Museu Jingzhou

Na província de Hubei, localizada na região central da China, a escavação de uma tumba de 2.300 anos levou a uma descoberta incrível: o registro mais antigo já encontrado de fórmulas de multiplicação. 

As valiosas inscrições estavam registradas em tiras de bambu, que eram utilizadas pela população local antes da disseminação do papel, e remontam ao período entre 369 a.C. e 329 a.C., conforme repercutiu o Arkeonews. 

O enterro recente a ser explorado, apelidado pelos especialistas de "M1093", apresenta inúmeras das tiras, preenchidas com cerca de 30 mil caracteres no total.

Elas abordam assuntos como literatura, fabricação de medicamentos, criação de animais e, como já citado, a matemática. A leitura apenas foi possível graças ao emprego de uma tecnologia de varredura infravermelha. 

Fórmula de multiplicação 

Em um desses artefatos, foi encontrada uma fascinante inscrição que pode ser traduzida como "cinco vezes sete é trinta mais cinco, quatro vezes sete é vinte mais oito, três vezes sete é vinte mais um". Em outras tiras, também existe uma tabela algébrica e outros registros do mesmo teor. 

A descoberta, que apresenta um século a mais que a mais antiga evidência de fórmulas de multiplicação que conhecíamos até então, recontextualiza as nossas noções a respeito do desenvolvimento da matemática pela humanidade. 

Esta descoberta significativa oferece novos recursos inestimáveis ​​para estudar a história, a cultura e as ideologias predominantes durante o período pré-Qin (dinastia chinesa que durou entre 221 a.C. e 206 a.C.)", afirmaram os pesquisadores em um comunicado repercutido pela Arkeonews.