Com cauda maior que o corpo e apresentando dimorfismos sexuais, nova espécie foi identificada em cordilheira peruana; confira!
Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 18/01/2023, às 09h19 - Atualizado às 09h20
O mundo por si só possui diversos lugares inexplorados, ou pouco conhecidos, devido as mais diferentes inospitalidades que existem. Porém, uma característica inerente e praticamente qualquer lugar no planeta em que vivemos é a existência de espécies de animais específicas destes lugares, adaptadas ao ambiente, o que faz com que, todos os anos, diversas novas espécies sejam descobertas.
Visto isso, uma nova espécie de lagarto foi recentemente catalogada pela primeira vez pelo grupo de biólogos formado por Edgar Lehr, Juan C. Cusi, Maura Fernández, Ricardo J. Vera e Alessandro Catenazzi. Apoiados pelo guarda-florestal do Parque Nacional de Otishi, uma área protegida no Peru, identificaram o animal em uma expedição realizada em maio de 2022, em um local de difícil acesso.
O lagarto em questão pertence ao gênero Proctoporus — que possui maior população de lagartos na região ao sul dos Andes —, tendo sido batizado oficialmente como Proctoporus titans. De acordo com a Revista Galileu, o animal foi encontrado durante uma expedição pensada em compreender a grande diversidade de anfíbios e répteis do parque.
Além disso, para que a nova espécie pudesse ser identificada, outros sete animais do tipo foram recolhidos, em seis localidades diferentes, na área do parque conhecida como Vale de Puna, cuja altitude varia de 3.231 a 3.269 metros.
Segundo artigo publicado no periódico científico Taxonomy, o Proctoporus titans pode ser facilmente identificado, por ter uma cauda maior que o corpo. Os machos dessa espécie apresentam de 41,3 a 53,9 milímetros entre seu focinho e a cloaca — onde se abre o canal intestinal, o aparelho urinário e o aparelho genital do animal —, enquanto as fêmeas possuem um distanciamento que varia entre 43,6 e 52,6 milímetros.
Além do mais, membros dentro da própria espécie também podem ser mais facilmente diferenciados a partir de seu sexo, visto que apresenta o que é chamado de dimorfismo sexual — basicamente, diferenças físicas entre machos e fêmeas.
Enquanto os machos têm pescoço, peito e barriga cinza-escuro ou preto, as fêmeas têm pescoço, peito e barriga cinza-claro, com uma mancha cinza escura e difusa no centro de cada escama.
