Em meio à guerra entre Ucrânia e Rússia, Estados Unidos mandarão armamento pesado para auxiliar no combate às tropas de Putin
Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 27/04/2023, às 11h14
Há mais de um ano, o mundo acompanha diariamente o andamento do conflito na Europa entre a Rússia e a Ucrânia, que começou com a invasão de tropas russas no território ucraniano no dia 24 de fevereiro de 2022.
Em meio a todos os desdobramentos da disputa, a nação que mais vem conquistando apoio global é a Ucrânia que, também, é quem mais sofreu com a situação.
Entre os mais poderosos aliados que a Ucrânia tem, há os Estados Unidos, não só uma grande potência mundial, como também a detentora de um dos exércitos mais poderosos do planeta. E como tal, foi anunciado recentemente que Washington vem preparando o envio de 31 novos tanques blindados para a frente de batalha contra a Rússia.
De acordo com o UOL, nas próximas semanas, os Estados Unidos devem iniciar o treinamento de militares ucranianos com os tanques de combate Abrams, para que estes sejam enviados às frentes de batalha já no segundo semestre deste ano.
A linha de tanques Abrams recebeu este nome em homenagem ao general Creighton Abrams, um comandante das forças norte-americanas durante a Guerra do Vietnã (1955 - 1975). Lançados originalmente em 1980, os tanques dessa linha receberam diversas atualizações ao longo dos anos, sendo extremamente importantes e muito utilizados pelos estadunidenses; sua versão mais atual é o M1A2 SEPv3, lançado em 2015.
A versão enviada à Ucrânia, chamada somente de M1 Abrams, pesa 54 toneladas e pode alcançar até 72,4 km/h. Mas o que mais se destaca no veículo é sua blindagem: reforçada com camadas de urânio empobrecido, ela garante não só proteção contra munições, como inclusive contra armas antitanque e minas terrestres, sendo assim considerado um dos melhores do mundo em quesito defesa.
Os tanques Abrams foram utilizados pelos Estados Unidos em diversas ocasiões desde que surgiram. Entre 1990 e 1991, os americanos utilizaram-nos na Guerra do Golfo, além de durante as invasões ao Iraque, em 2003, e ao Afeganistão, a partir de 2011.
O maior empecilho para seu uso, no entanto, é o fato de ser "um sistema caro de se operar e se manter", segundo John Kirby, do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, em fala à CNN, usando um combustível semelhante ao da aviação.
