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Notícias / Reino Animal

Pseudomelanismo: Entenda a condição que faz zebras terem bolinhas em vez de listras

Uma zebra com esta condição foi avistada no Quênia, por um guia local, e sua fotografia fez sucesso na internet

Imagem da zebra com bolinhas - Reprodução/Instagram/frvnkdreams
Imagem da zebra com bolinhas - Reprodução/Instagram/frvnkdreams

Recentemente, a imagem de uma zebra filhote ao lado de sua mãe chamou a atenção dos internautas. Ao invés das tradicionais listras, o animal exibia um padrão de pelagem em bolinhas, despertando curiosidade online e intrigando os guias da Reserva Nacional Maasai Mara, no Quênia, onde a zebra foi fotografada.

Após o flagra, o animal foi batizado de Tira, em honra ao fotógrafo e guia local Anthony Tira, um dos primeiros a avistá-lo. Além do padrão de bolinhas, seu pelo marrom e a cauda fina do filhote também chamaram atenção nas fotos capturadas em 2019.

Em uma publicação no Instagram, o fotógrafo Frank Liu, responsável pelas imagens que viralizaram, mencionou que houve um caso semelhante ao de Tira, porém a zebra ainda apresentava listras e a cauda característica desses animais.

Condição rara

O filhote tem uma condição genética rara chamada pseudomelanismo. Trata-se de uma mutação na qual os animais apresentam um padrão de pelagem anormal, segundo o biólogo e especialista em evolução das listras das zebras, Ren Larison, ao National Geographic em 2019.

Apesar do encantamento gerado pelas bolinhas de Tira, elas também podem representar um desafio para a sobrevivência do animal. Em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em 2014, foi apontado que as listras das zebras evoluíram ao longo do tempo para proteger os animais contra insetos portadores de doenças fatais.

A equipe de pesquisa também considerou outras hipóteses para as listras das zebras, como a possibilidade de confundir predadores, servir como mecanismo de termorregulação, atuar como camuflagem ou até para afastar insetos. No entanto, nenhuma das hipóteses para o padrão distintivo das zebras foi cientificamente comprovada.

Em 2019, o professor da Universidade da Califórnia, Tim Caro, que foi o principal autor do estudo de 2014, publicou uma nova pesquisa reafirmando a utilidade das listras das zebras na prevenção de doenças transmitidas por insetos.

Apesar da falta de consenso entre os especialistas, a condição de Tira pode diminuir sua expectativa de vida. No entanto, caso o filhote tenha alcançado a idade adulta, não há razão para que ele não possa viver normalmente entre a manada.