Segundo delegado, a aparição dessas serpentes pode causar "desequilíbrio na fauna"
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/08/2022, às 17h21
Nesta quarta-feira, 24, o aparecimento de uma cobra píton albina em uma reserva ambiental próxima a cidade de Rio Verde, no Goiás, chamou a atenção da Polícia Civil e demais autoridades locais.
O espanto não se deve pelo simples aparecimento dessa espécie, ainda mais sob a condição de albinismo, mas sim porque ela foi a segunda encontrada na região, tendo sido a primeira encontrada na última segunda-feira, 22.
Danilo Fabiano, delegado responsável por investigar o caso, aponta a chance de os animais existirem ali na região goiana poder indicar crime ambiental local, com tráfico de animais silvestres, além da chance de a serpente ter se reproduzido em um logradouro ilegal, como informado pela UOL.
Estamos apurando se a cobra foi abandonada ali ou se estava em algum cativeiro ilegal na região. A priori, a píton estava na reserva havia pouco tempo", disse o delegado Danilo Fabiano. "É uma cobra que pode causar um desequilíbrio na fauna, e ainda existe a possibilidade de [existir] um mercado paralelo já que são animais exóticos e com um valor significativo", acrescenta.
Por sua vez, o biólogo João Pedro Cicatelli disse, também à UOL, que "a cobra pode estar a procura de alimento ou parceiro para reprodução", justificando a existência da espécime na região. "Sobre riscos, é um animal que caça e mata animais de pequeno e médio porte através do estrangulamento, e não apresentam nenhum tipo de veneno", acrescenta.
Ainda em reforço à fala sobre o baixo risco da presença das serpentes para humanos, o biólogo João Pedro conta que os alvos principais delas são animais de pequeno e médio porte, e não humanos — mas uma píton adulta pode ser, sim, letal para humanos, ainda mais caso sinta fome.
Elas foram vistas num residencial, então animais de estimação correm bem mais perigo", acrescenta.
Por fim, o biólogo também explica que o jeito certo de se manusear o animal consiste em fechá-lo em algum local seguro, e chamar o Corpo de Bombeiros para fazer o resgate. A píton encontrada, inclusive, foi capturada pelos bombeiros da região e levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres.
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