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Notícias / Arqueologia

Reconstrução facial mostra o rosto de adolescente que morreu há 8.300 anos

O adolescente tinha o crânio deformado e morreu numa caverna na Noruega, sendo um dos esqueletos mais antigos já encontrados no país nórdico

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/02/2023, às 18h00

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Montagem da reconstrução do garoto norueguês e seu esqueleto - Divulgação / Oscar Nilsson e Terje Tveit/The Museum of Archaeology, University of Stavanger
Montagem da reconstrução do garoto norueguês e seu esqueleto - Divulgação / Oscar Nilsson e Terje Tveit/The Museum of Archaeology, University of Stavanger

Por volta de 8.300 anos atrás, um adolescente de baixa estatura e com um crânio deformado morreu em uma caverna na Noruega. Milênios depois, seu esqueleto não só foi encontrado, como agora passou por uma reconstrução artística que mostra como ele pode ter sido. 

A reconstrução de corpo inteiro do garoto da Idade da Pedra, apelidado de Vistegutten (norueguês para “o garoto de Viste”), está em exibição no museu Hå Gamle Prestegard, que fica no sul da Noruega e demorou meses para ser concluída.

O esqueleto do garoto de Viste é conhecido desde 1907, quando arqueólogos encontraram os restos mortais do adolescente em uma caverna em Randaberg, na costa oeste da Noruega. Os achados datam da Idade da Pedra, mais especificamente do Mesolítico, porção intermediária do período. As informações são do site de divulgação científica LiveScience.

O adolescente tinha 1,25 metro, baixo para seus 15 anos de idade. Ele tinha uma deformidade craniana conhecida hoje como escafocefalia, que normalmente acomete bebês que nasceram prematuramente. A condição consiste na fusão do crânio antes da hora, forçando-o a crescer para trás em vez de para os lados. 

Como se faz uma reconstrução

Para realizar a reconstrução, duas tomografias computadorizadas do crânio foram realizadas para que Oscar Nilsson, um artista forense baseado na Suécia, pudesse imprimir em 3D um modelo de plástico do crânio do adolescente norueguês da Idade das Pedras.

Sem certeza sobre a profundidade do tecido facial do garoto, Nilsson usou medições de meninos de 15 anos do norte europeu atual. Ele explica que não sabem quão compatíveis são as medidas de hoje com as de oito milênios atrás, mas que esse é “o melhor palpite que temos”.

Para a cor da pele, dos olhos e do cabelo foram usadas amostras de DNA que apontaram para olhos castanhos, cabelos em um tom de castanho-escuro e um tom de pele intermediário.

As roupas do garoto foram feitas por Helena Gjaerum, uma arqueóloga que usa técnicas pré-históricas para tingir couro. Para os acessórios, partes de salmões e de pele de veado foram usadas, já que restos mortais desses animais foram encontrados no mesmo sítio arqueológico que o garoto.