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Notícias / Mundo

Ucrânia: Zelensky demite principal comandante militar do país

Impasses entre Zelensky e o general Valerii Zaluzhnyi resultaram na maior mudança militar do país desde o início da guerra

Redação Publicado em 08/02/2024, às 19h04

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Vladimir Zelensky - Getty Images
Vladimir Zelensky - Getty Images

Após quase dois anos desde a invasão da Rússia, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou a demissão do principal comandante do país, o general Valerii Zaluzhnyi. Esta ação é tida como a maior mudança militar desde o início do conflito. 

A decisão do presidente ocorre em meio a tensões com seu chefe militar, que é extremamente popular, após o fracasso da contraofensiva da Ucrânia. Atualmente, o país enfrenta um novo ataque russo com mão de obra e munição escassas, além de ter perdido o auxílio que recebia dos Estados Unidos, por uma decisão do Congresso americano. 

Em um telegrama enviado pouco antes do anúncio da demissão, Zelensky disse ter se reunido com Zaluzhnyi e que os dois “discutiram que tipo de renovação as Forças Armadas da Ucrânia precisam.” “O tempo para tal renovação é agora”, acrescentou o presidente.

Conforme repercutido pela CNN Brasil, com informações do canal do Telegram de Zaluzhnyi, o ex-comandante explicou que “as tarefas de 2022 são diferentes das de 2024”.

Portanto, todos devem mudar e se adaptar às novas realidades também. [Nós] acabamos de nos encontrar com o Comandante Supremo. Foi uma conversa importante e séria. Foi decidido que precisamos mudar nossas abordagens e estratégia”, concluiu Zaluzhnyi.

Tensão

A tensão entre os dois têm aumentado nos últimos meses, especialmente após Zaluzhnyi afirmar em uma entrevista à revista The Economist, em novembro do ano passado, que a guerra havia atingido um impasse.

Ao comentar sobre a recusa, principalmente das defesas russas fortificadas, à contraofensiva da Ucrânia, ele alertou que um avanço tecnológico significativo “provavelmente não resultaria em progresso substancial”, mas sim em um equilíbrio em relação às perdas devastadoras e destruição.

Suas declarações foram imediatamente criticadas pelo gabinete de Zelensky, que argumentou que tais comentários sobre a guerra só favoreciam a Rússia.