Decisão unânime foi tomada pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco
Redação Publicado em 14/09/2023, às 14h53
Nesta quinta-feira, 14, foi determinado que a cidade italiana de Veneza não será incluída na lista de patrimônios históricos em risco. A decisão unânime foi feita pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, durante uma reunião em Riad, na Arábia Saudita.
Luigi Brugnaro, prefeito de Veneza e Gennaro Sangiuliano, ministro da Cultura da Itália, comemoraram a decisão. Sangiuliano afirmou que "o trabalho realizado pela pasta em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores, da região do Vêneto, do município e as instituições locais impediu uma manobra puramente política indevida".
Esta é a demonstração de como foram reconhecidos por todos os esforços que estamos a desenvolver, a todos os níveis institucionais, para a proteção de Veneza, e que a proposta de incluí-la na lista de perigos era muito política e pouco técnica", concluiu o ministro italiano.
Conforme repercutido pelo UOL, a recomendação da Unesco para incluir Veneza na lista de patrimônios em perigo foi emitida em julho de 2022, como um apelo para que as autoridades do país intensificassem a preservação da cidade.
Na época, o Centro do Patrimônio Mundial, esclareceu que a sugestão visava frear "os efeitos da deterioração contínua devido à intervenção humana, incluindo o desenvolvimento contínuo, os impactos das mudanças climáticas e o turismo em massa, que causam mudanças irreversíveis no valor universal excepcional do bem".
Na tentativa de proteger o local para as gerações futuras, mais de 4 mil cidadãos venezianos assinaram uma petição, encaminhada para Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, e aos demais membros do Comitê do Patrimônio Mundial, defendendo a inserção da cidade na relação de patrimônios da humanidade em perigo.
O documento, que pode ser encontrado no portal change.org, frisava que "a Veneza que tantos viajantes, livros e filmes contaram e fizeram o mundo inteiro amar esta a desaparecer".
O texto também relembra que a cidade “é cada vez mais atingida por massas de turistas que obstruem suas ruas, pontes e transportes públicos, colocando em risco a segurança das pessoas".
