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Notícias / Anestesista

Vítima de anestesista durante trabalho de parto fala sobre caso: 'vergonha'

Depois de um mês, vítima de anestesista fala pela primeira vez ao Fantástico

Éric Moreira Publicado em 15/08/2022, às 15h57

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Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista que estuprou paciente durante trabalho de parto - Divulgação/Redes sociais
Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista que estuprou paciente durante trabalho de parto - Divulgação/Redes sociais

Um mês após crime que impactou o Brasil e foi extremamente comentado em diversos lugares, mulher que foi vítima de abuso sexual do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra durante trabalho de parto falou pela primeira vez sobre o caso publicamente. Segundo ela, em entrevista transmitida no Fantástico do último domingo, 14, sua irmã foi quem lhe contou, logo após o ocorrido, que ela havia sido vítima de estupro.

O diretor do hospital não deixou eu sair do hospital sem saber. Ela falou: 'O anestesista abusou de você'. Imaginei tudo, menos que eu ia ouvir isso, que eu fui abusada", contou durante entrevista à jornalista Lília Teles, como informado pelo portal Universa, da UOL.

Ela ainda acrescentou uma lamentação sobre o fato, que a marcará para sempre de forma negativa: "Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital, escondida, com vergonha. Aquela alegria de vestir ele ao sair da maternidade, eu não tive isso."

Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista preso por estupro de paciente durante trabalho de parto
Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista preso por estupro de paciente durante trabalho de parto / Divulgação/Redes sociais

'Sensação estranha'

Ainda durante entrevista, a mulher disse que Giovanni foi o primeiro médico a falar com ela antes do processo do trabalho de parto ser iniciado. "Ele falou para mim que ia falar tudo que ele ia fazer e explicar todo o procedimento", disse ela, que acrescentou ainda que o médico havia sido bem atencioso na situação.

Além disso, ela lembra que havia se sentido mal antes do procedimento: "Alguém falou: 'ela teve uma hipoglicemia'. Eu fiquei várias horas em jejum. Antes da anestesia, eu falei que estava me sentindo um pouco enjoada. Aí ele tirou minha máscara, eu estava com uma máscara de tecido, e me colocou no oxigênio. Ele falou que estava tudo bem, para eu ficar tranquila, que ele estava me monitorando."

Depois disso, ela — que havia sido fortemente sedada por Giovanni antes do iniciar o trabalho de parto — diz não se lembrar de nada, além de ter feito uma foto com o bebê. Quando acordou, no entanto, sentia uma "sensação estranha" em sua boca:

Percebi que tinha algo na minha boca, alguma coisa, um líquido meio gosmento. Pensei 'isso aí não é vômito' porque não tem gosto de vômito. Eu tentava cuspir, mas eu não conseguia porque quando eu disse que estava enjoada, antes do parto, o anestesista colocou gaze do lado esquerdo, para se eu quisesse vomitar, mas, quando acordei, não tinha nada ali", contou.

A gaze em questão havia sido encontrada no lixo do Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde ocorreu o crime, e recolhida para perícia, como prova do crime. Atualmente, Giovanni se encontra preso no Complexo do Bangu, no Rio de Janeiro, e impedido de exercer a medicina.


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