Diversas autoridades italianas publicaram homenagens para as vítimas da tragédia em Marcinelle, ocorrida em 1956
Redação Publicado em 08/08/2023, às 15h54 - Atualizado às 16h02
No dia de hoje, terça-feira, 8, a Itália reverencia a memória dos 262 mineiros que, em 1956, enfrentaram um destino trágico em Marcinelle, na Bélgica. Destes, 136 eram cidadãos italianos, em um evento que ficou marcado como o 'pior acidente de trabalho' já registrado na história europeia.
Antonio Tajani, o ministro das Relações Exteriores e vice-presidente da Itália, participou ativamente dessa homenagem, juntamente com representantes belgas, em uma cerimônia realizada para marcar os 67 anos desse doloroso episódio, de acordo com informações da ANSA, via UOL.
A solenidade ocorreu na praça diante da mina, tendo a presença notável da rainha emérita da Bélgica, Paola; da embaixadora italiana em Bruxelas, Federica Favi; e do embaixador italiano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Marco Peronaci. Durante a cerimônia, um sino ecoou 262 vezes, em memória de cada vida perdida, enquanto os nomes das vítimas eram pronunciados em voz alta.
A tragédia de Marcinelle desempenhou um papel crucial na formação das bases da Europa atual e da cidadania europeia, inspirada nos valores compartilhados de respeito à dignidade humana, igualdade, democracia e livre circulação dos trabalhadores", disse Tajani.
O ministro destacou ainda que o evento teve a intenção de honrar não apenas aqueles que perderam a vida, mas todos os italianos que, de maneira corajosa, buscaram oportunidades fora de suas fronteiras. "Em particular os compatriotas que morreram no trabalho, e que contribuíram com o desenvolvimento econômico, social e cultural da Itália e dos países onde foram acolhidos", afirmou.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, somou-se às lembranças e lamentos, em nota: "Precisamos, mais do que nunca, manter firmemente a proteção aos trabalhadores. De todos, onde quer que estejam, de qualquer nacionalidade, para prevenir as formas inaceitáveis de marginalização".
Por sua vez, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, enfatizou que a tragédia em Marcinelle deixou uma marca profunda na história tanto da nação quanto da Europa: "A tragédia marcou para sempre a história nacional e europeia. Os mineiros trabalharam duro, com humildade e entrega, sem garantias, em condições inimagináveis".
