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De ligação com Elizabeth II a execução: Veja 5 curiosidades sobre os Romanov

O pesquisador e autor Paulo Rezzutti responde algumas das principais curiosidades sobre a família com um dos finais mais trágicos da história; conheça!

Isabelly de Lima Publicado em 21/01/2024, às 09h00 - Atualizado em 24/01/2024, às 19h56

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O czar Nicolau II e a czarina Alexandra (esq.) e a rainha Elizabeth II (dir.) - Domínio público
O czar Nicolau II e a czarina Alexandra (esq.) e a rainha Elizabeth II (dir.) - Domínio público

Quando se fala em nobreza, é muito comum que as pessoas pensem nos imperadores romanos, na família real britânica — que até hoje manteve uma forte popularidade —, ou, no caso do Brasil, na família imperial brasileira. No entanto, vale lembrar que o mundo passou mais tempo sob o comando de algum monarca do que sem eles, então, quase todos os países possuíam algum tipo de nobreza até cerca de menos de 300 anos atrás.

Dentre essas famílias com “sangue azul”, uma delas entrou para os livros de História. Exatamente por esse passado, a dinastia Romanov levanta muitas dúvidas até hoje, tanto pela sua história quanto por seu legado.

Para auxiliar na compreensão do histórico dos Romanov, o site Aventuras na História separou as 5 curiosidades pesquisadas no Google a respeito da família russa, e quem as responde é o pesquisador e escritor Paulo Rezzutti, autor de ‘Os últimos czares: Uma breve história não contada dos Romanovs’, de 2021. Confira:

1. Quem foram os Romanov?

Conforme explicado por Rezzutti, a família se originou com a chegada a Moscou, em 1341, de Andrei Kobyla, um prussiano que serviu ao príncipe Simeão.

Kobyla foi o patriarca de várias famílias russas, entre elas, os Romanov, a última dinastia a reinar na Rússia”, relembra Paulo.

A ascensão da dinastia iniciou-se com a eleição de Mikhail Romanov como czar em 1613, marcando o fim do chamado "Período de Dificuldades". O reinado mais conhecido dos Romanov foi o de Pedro, o Grande, no final do século 17 e início do século 18, que modernizou a Rússia e a transformou em uma potência europeia.

A czarina Alexandra e o czar Nicolau II - Crédito: Domínio público

O último czar da dinastia foi Nicolau II, que reinou de 1894 a 1917. Seu governo foi marcado por desafios significativos, incluindo a Revolução Russa de 1905 e a Primeira Guerra Mundial. “Com a sua esposa, filhos e empregados, foi fuzilado na cidade de Ecaterimburgo, na Sibéria, na noite de 16 para 17 de julho de 1918”, relembra o pesquisador.


2. Quem mandou matar a família Romanov?

Após a abdicação do czar Nicolau II em março de 1917, a família foi detida e inicialmente mantida em cativeiro pelos bolcheviques. No entanto, a deterioração das condições políticas e a ameaça de avanço das forças brancas antibolcheviques levaram à decisão de executar os Romanovs.

A família de Nicolau II, o último czar dos Romanovs - Crédito: Domínio público

Segundo Rezzutti, “a ordem partiu, não se sabe se com a anuência ou não de Moscou e de [Vladimir] Lênin, do alto comissariado bolchevista nos Urais. A cidade de Ecaterimburgo estava para ser tomada pelo Exército Branco, no meio da guerra civil, e os bolchevistas não queriam que o czar e a família fossem libertos”.

Em 17 de julho de 1918, a família Romanov foi levada para um porão em Ecaterimburgo, onde foi brutalmente assassinada por um pelotão de fuzilamento. A execução marcou o fim da dinastia Romanov e simbolizou a consolidação do poder bolchevique na Rússia.


3. Alguém sobreviveu?

Durante décadas, a possibilidade de sobrevivência de algum membro da família Romanov após o fuzilamento foi objeto de especulações e teorias controversas. Paulo relembra que somente Joy, o cachorro do czarévich Alexei, sobreviveu. Joy acabou resgatado por um soldado britânico e terminou seus dias na Inglaterra.

Em 1991, os restos mortais de Nicolau II, Alexandra e três de suas filhas foram descobertos em uma vala comum na Rússia. No entanto, dois corpos, presumivelmente os de Alexei e uma das irmãs, só foram encontrados até 2007, em uma vala a cerca de 70 quilômetros de Ecaterimburgo, o que alimentou teorias.

A confirmação ocorreu em 2008, após estudos e análises de DNA comparativas entre os restos mortais dos Romanov e amostras de familiares vivos, fornecendo evidências conclusivas da identidade dos corpos. Portanto, os registros científicos confirmam que todos os membros da família Romanov foram de fato executados em 1918.


4. O que os Romanov têm em comum com Elizabeth II?

Algo muito curioso de se pensar é que as famílias reais possam possuir ligações entre si. Este é o caso dos Romanov com os Windsor, ou seja, a família real britânica. O czar Nicolau II e a sua esposa, a czarina Alexandra, eram primos do avô da rainhaElizabeth, o rei Jorge V da Inglaterra.

Rainha Elizabeth II (esq.) e o czar Nicholau II, a czarina Alexandra e a duquesa Olga - Crédito: Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons e Domínio Público

A mãe de Nicolau e a de Jorge eram irmãs. Já a mãe de Alexandra era irmã do pai de Jorge, ambos filhos da rainha Vitória. Paulo Rezzutti também destaca que o príncipe Philip, marido de Elizabeth II, também apresentava conexão com os Romanov por sua parte da família:

O falecido príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, também tinha parentesco com os Romanovs: ele era sobrinho-neto da czarina Alexandra. A sua mãe, a princesa Alicede Battemberg, era sobrinha da czarina por parte de mãe”.

5. Quem foi Rasputin?

Rasputin, um monge e místico russo, ganhou notoriedade durante a época dos Romanov, especialmente durante o reinado do czar Nicolau II e da czarina Alexandra. Ele exercia uma influência significativa na corte russa, em parte devido à crença da czarina de que Rasputin tinha habilidades curativas que beneficiariam seu filho hemofílico (distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue), Alexei.

Ele acabou se tornando uma forte influência junto aos imperadores, o que desgastou a imagem deles perante a opinião pública e os políticos, que não sabiam da doença do herdeiro”, diz o escritor.
O "curandeiro" Rasputin - Crédito: Domínio público

Enquanto alguns atribuíam a Rasputin uma aura de santidade, outros o consideravam charlatão e imoral. A situação agravou-se durante a ausência do czar no fronte da Primeira Guerra Mundial, quando Rasputin, com alguns membros da família Romanov, era alvo de críticas crescentes.

A hostilidade em relação a Rasputin culminou em seu assassinato por um grupo de nobres em dezembro de 1916.