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Matérias / Personagem

48 horas ferido e perdido no mar: a luta por sobrevivência de Álvaro Vizcaíno

Em meio à uma ilha deserta, gravemente ferido e totalmente desidratado: Vizcaíno conseguiu sobreviver ao um traumático acidente

Giovanna de Matteo Publicado em 05/09/2020, às 13h14

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Foto reprodução do filme Solo - Divulgação / Filme Solo
Foto reprodução do filme Solo - Divulgação / Filme Solo

Era um dia ensolarado de 7 de setembro de 2014 quando Álvaro Vizcaíno saiu com sua prancha pelo sul da ilha de Fuerteventura, na Espanha, em busca da onda perfeita. Porém, mal sabia ele que o destino havia preparado outros planos: ele escorregou em uma área de dunas do litoral barlovento de Punta Paloma, e caiu de um penhasco. Daí em diante, ele iria encarar as 48 horas mais traumáticas de sua vida.

Álvaro conseguiu se segurar nas pedras, onde ficou pendurado por aproximadamente uma hora, até não aguentar mais e decidir cair. Em entrevista á Esquire, ele afirma que estimou as suas probabilidades: "se eu caísse, teria 50% de chance de me matar e 50% de me ferir gravemente. Era inaceitável. Tudo que vi foram as ondas do mar para baixo... Preferi me jogar e escolher a queda em direção ao mar, caindo de lado, evitando cair para trás". A queda resultou numa pelve quebrada e fraturas no quadril e nas mãos, no entanto, ele sobreviveu.

Foto reprodução do filme Solo / Divulgação

Gravemente ferido no mar, o surfista encontrou outros obstáculos. Após o longo tempo no qual ele ficou à deriva, teve de enfrentar desmaios, convulsões, dores, cansaço e contrações. Essa foi a hora no qual ele diz ter desistido, e afirma que isso salvou sua vida.

Ao desistir e pensar que aquele era o seu último momento e aceitar a situação o fez relaxar, tanto mentalmente quanto fisicamente. Deixando o pânico de lado, conseguiu absorver energias o suficiente para seguir em frente, nadando até a costa da praia.

Chegando ao destino, avistou um barco longínquo, que foi o pontapé da esperança de que ele poderia ser salvo. Entusiasmado com a possibilidade, ele rapidamente começou os preparativos, e depois de horas rastejando nas rochas, encontrou uma milagrosa garrafa de água fechada, que o salvou de uma desidratação. Com a questão da sede resolvida, foi atrás de coisas que poderiam ser usadas como curativo;

"Tinha imobilizado o braço com um pedaço de madeira e um pedaço de rede de pesca que encontrei e posto uma rolha, que também encontrei, nas pernas para poder flutuar" conta o surfista, que depois disso seguiu nadando em direção aquele barco. "Eu fui em direção a esse ponto no horizonte. Fiquei nadando por duas horas. 'E se no final não estivesse lá?', Comecei a pensar", afirma ele, que ficou com medo de estar alucinando, mas continuou em frente, gastando todas as suas forças a favor de sua vida.

Foto reprodução do filme Solo / Divulgação

"Continuei nadando, depois gritei, depois nadei até que acerta altura as pessoas do barco me ouviram. Havia três policiais no dia de folga e quando me viram ficaram loucos porque não entenderam, pensaram que eu estava vindo de um barco que tinha afundado", contou ele numa entrevista à BBC News Mundo.

Álvaro foi levado ao hospital onde se recuperou totalmente e hoje tudo o que lhe resta dessa história é sua superação. O acidente sofrido por ele inspirou o filme Solo (Mar de plástico, O acidente), estrelado por Alain Hernández. Além disso, ele afirma que está produzindo um livro sobre o episódio.

Confira abaixo o trailer do filme, disponível na Netflix: 


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