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Matérias / Crimes

62 anos após assassinar o padrasto: o que aconteceu com Cheryl Crane?

Em um caso que movimentou Hollywood, a filha da atriz Lana Turner foi inocentada após esfaquear o mafioso Johnny Stompanato até a morte

Wallacy Ferrari Publicado em 12/09/2020, às 09h00

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Lana Turner, Johnny Stompanato, e Cheryl Crane, 16 dias antes do assassinato - Wikimedia Commons
Lana Turner, Johnny Stompanato, e Cheryl Crane, 16 dias antes do assassinato - Wikimedia Commons

A relação entre a atriz Lana Turner e o gângster Johnny Stompanato teve um fim definitivo em 4 de abril de 1958, todavia, o episódio foi marcado por um escândalo. Após um longo ano de términos e reconciliações em um relacionamento repleto de agressões verbais e físicas, a filha Cheryl Crane — cansada do comportamento abusivo do padrasto — decidiu por um basta na união.

Na noite da data, a filha da estrela invadiu o quarto onde o casal brigava, confundiu um cabide com uma arma de fogo na mão de Johnny e, impulsionada a evitar o sofrimento da mãe, enfiou uma faca com toda a força no homem, matando o padrasto. Antes de entrar em contato com a polícia, reuniram o advogado e o pai biológico da jovem na casa, para avaliar o que poderia ser feito.

Duas horas depois, as autoridades foram chamadas e Cheryl confessou o crime. Em apenas sete dias, o caso foi julgado e ganhou grande notoriedade nas páginas de celebridades e casos criminais nos Estados Unidos. Com 14 anos de idade, o júri declarou que Crane era inocente, alegando culpa concorrente de Johnny pelos episódios anteriores ao ato.

Após o julgamento

Depois do episódio, Stephen Crane, pai de Cheryl, fez questão de travar uma luta judicial contra a ex-companheira para obter a guarda da filha, acreditando que a vida de exposições públicas e a indústria cinematográfica poderiam corromper sua educação, visto que, com pouca idade, já havia 'matado' um homem. Com isso, a jovem morou até os 16 anos de idade com a avó paterna.

Nos meses seguintes, encarou um processo de homicídio culposo movido pela ex-esposa do mafioso, buscando uma compensação para auxiliar a criação do filho de Johnny, John Jr., com 7 anos na época. De acordo com os advogados de acusação, a morte não teria sido causada pela jovem, mas por Lana, de maneira que não prejudicasse sua carreira em Hollywood. A teoria não foi suficiente para o tribunal e o processo foi retirado com um acordo externo de US$ 20 mil.

A jovem foi enviada para o Institute of Living — um centro de referência em avaliação e acompanhamento psiquiátrico em Hartford, Connecticut — onde foi considerada psicologicamente saudável, prosseguindo a vida como modelo. Apesar dos 1,75m de altura e dos traços finos como a mãe, não se adaptou pela timidez e passou a trabalhar em um restaurante com o pai.

Cheryl Crane durante entrevista para o programa '48 Hours', em 2012 / Crédito: Divulgação/CBS News

Relação com o caso

Por 30 anos, o caso permaneceu sem comentários públicos de Cheryl. Durante o período, a garota começou a namorar a modelo Joyce LeRoy, mudou-se para o Havaí por um período, onde trabalhou como corretora de imóveis, e retornou aos Estados Unidos em 1986. Dois anos depois, no trigésimo aniversário do caso, Crano publicou ‘Detour: A Hollywood Story’, livro onde admitiu o esfaqueamento.

A comentada obra acrescentou que Johnny e o quarto marido da mãe, Lex Barker, foram responsáveis por uma série de episódios de assédio sexual durante sua infância e adolescência. Lana, por sua vez, costumava brincar que foi ela quem matou o homem e que, se fosse possível, repetiria o ato. A atriz morreu em 1995 e, três anos depois, a filha foi diagnosticada com câncer de mama, sendo curada com sucesso nos anos seguintes.

Desde então, Cheryl dedicou o tempo integralmente a escrita; lançou um segundo livro, relatando as memórias boas que tinha da mãe, além de lançar mais quatro obras de ficção. Conseguiu oficializar seu casamento com LeRoy apenas em 2014, após quatro décadas de união.


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