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Matérias / Personagem

A teoria conspiratória por trás da overdose de Janis Jopling, segundo ex-namorada

Em entrevista à Rolling Stones EUA no ano de 2018, Peggy Caserta relata seu ponto de vista sobre a morte da Rainha do Rock: “A verdade é que ela não teve uma overdose. Eu irei para o meu túmulo acreditando nisso”

Fabio Previdelli Publicado em 05/12/2020, às 10h00

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Janis Joplin em uma de suas últimas apresentações - Wikimedia Commons
Janis Joplin em uma de suas últimas apresentações - Wikimedia Commons

O dia 4 de outubro de 1970 sempre ficará marcado como um dos mais tristes da história da música. Afinal, na data, o mundo se despediu de todo o talento e singularidade de Janis Joplin.

Considerada a Rainha do Rock, Janis foi citada pela Rolling Stones como uma das 100 maiores artistas de todos os tempos. 

Na época, a cantora estava no auge de seu sucesso, com sua carreira cada vez mais em ascensão. O talento fazia ela até mesmo superar todas as polêmicas envolvendo a troca de suas bandas musicais, se mantendo nas paradas de sucesso mesmo assim.  

A icônica Janis Joplin na capa do álbum In Concert / Crédito: Divulgação

Além da vida profissional, as coisas para Joplin estavam indo bem até mesmo em seus relacionamentos, que sempre foram muito controversos. Poucos meses antes de morrer, Janis havia retomado seu romance com David George Niehaus. Os dois, inclusive, ficaram noivos e pretendiam morar juntos na casa da cantora. 

Mas o início do fim da Rainha do Rock começou em abril daquele ano. Na ocasião, o homem, que Janis conheceu em uma praia do litoral brasileiro, a flagrou com sua ex-namorada, Cassandra. Traído, David terminou o namoro e tratou de esquecer a artista norte-americana. Arrependida, Joplin pediu para ele a perdoar, mas ele não quis. 

Sozinha, a cantora entrou em uma depressão profunda e decidiu que não mais cederia aos seus vícios. Assim, separou-se de Cassandra, mulher que representava uma grande porta para o mundo das drogas e, principalmente, da heroína — a mais forte e duradoura de suas dependências. 

Por um tempo, a artista voltou a ter o acompanhamento de especialistas e passou a cuidar melhor de sua saúde. Assim, até começou a tomar metadona, um medicamento que a livrava da dependência da heroína. 

Por cinco meses, a artista passou a fumar apenas cigarros e bebia ocasionalmente, de maneira muito mais controlada. Nesse período, se absteve de compromissos sérios e passou a focar somente em sua carreira. Mesmo assim, ainda teve tempo de se encontrar com grandes atores e músicos, como Jimi Hendrix, que também morreu naquele ano.  

Recaída fatal 

Porém, tudo mudou quando a recaída chegou. Janis estava hospedada em um hotel em Los Angeles, na Califórnia. Lá, consumiu muito álcool e injetou altas doses de heroína em sua corrente sanguínea.  

Seu corpo só foi achado no dia seguinte. Como a cantora havia faltado a uma gravação, seu empresário foi até o hotel encontrá-la. John Cooke arrombou a porta, apenas para encontrar a cantora morta, vítima de overdose de heroína e álcool aos 27 anos.

Janis (sentada) ao lado da banda Big Brother and the Holding Company / Crédito: Wikimedia Commons

Mais tarde, a autópsia descobriu que Joplin não tomava seu remédio há cerca de um mês. Em contrapartida, seus braços apresentavam cicatrizes recentes de seringas de heroína. Sugerindo que ela voltou a se drogar três semanas antes da fatalidade.  

Controvérsias 

Quando Janis Joplin foi encontrada morta em seu quarto de hotel em Hollywood, uma das primeiras pessoas que chegou lá depois que a polícia já havia entrado no local foi Peggy Caserta. O namoro entre as duas é, provavelmente, o mais conhecido entre todos os casos da cantora.  

Uma das coisas que a mais impressionou na cena do crime foi uma imagem que assombrara Caserta para sempre: a sandália de salto alto de Janis. “Eu vi o pé dela saindo da cama”, lembra em entrevista à Rolling Stones, em 2018. 

“Ela estava deitada com cigarros em uma mão e troco na outra. Por anos isso me incomodou. Como ela poderia ter uma overdose e depois de ter saído para o saguão e voltado [para o quarto, com cigarros comprados em uma máquina de venda automática]? Quando você tem uma overdose, você desmorona no chão, como eles encontraram Philip Seymour Hoffman. Deixei passar anos, mas sempre pensei: 'Algo está errado aqui’”. 

Conforme exposto em seu livro de memória “I Ran into Some Trouble” (“Eu tive alguns problemas”, em tradução livre), que foi coescrito com Maggie FalconCaserta acredita que o "minúsculo salto de ampulheta" no sapato de Joplin ficou preso no tapete felpudo do quarto, fazendo-a tropeçar, Janis teria quebrado o nariz ao cair em uma mesa de cabeceira e acabou morrendo por asfixia quando o sangue acumulou em sua garganta.

Peggy Caserta e Janis Joplin / Crédito: Divulgação

Peggy insiste que o desfecho é mais provável do que uma overdose de uma safra particularmente fatal de heroína que Joplin havia tomado e que a própria Caserta usou naquela noite, em outro local.  

De seu ponto de vista, a ex-namorada de Joplin viu drogas pesadas se moverem para todo lugar, depois da morte de Janis, acabou se viciando em heroína. 

“Fiquei tão pasma que não pude acreditar”, disse. “Eu só pensei que você obviamente está aqui hoje e amanhã vai embora. Eu pensei: 'É isso, vou jogar meu destino ao vento’”. 

Apesar de não ser isso que a história diz, Peggy não tem dúvidas sobre sua teoria. "Isso importa a essa altura?" questiona. “De certa forma, talvez não. Mas o que importa é a verdade, e a verdade é que ela não teve uma overdose. Eu irei para o meu túmulo acreditando nisso”.


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