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Matérias / Santos Dumont

Além do 14-bis: as invenções de Santos Dumont, o gênio brasileiro

Santos Dumont foi um grande inventor brasileiro, responsável por outras façanhas além do primeiro avião do mundo

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/07/2023, às 18h00 - Atualizado em 20/07/2023, às 10h00

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Santos Dumont e sua mais icônica invenção, o primeiro avião do mundo, 14-bis - Domínio Público via Wikimedia Commons
Santos Dumont e sua mais icônica invenção, o primeiro avião do mundo, 14-bis - Domínio Público via Wikimedia Commons

No próximo dia 20 de julho, uma das figuras mais importantes da história do Brasil —quiçá, para o mundo — completaria 150 anos de idade: Alberto Santos Dumont. Um exímio aeronauta, esportista, autodidata e inventor brasileiro, ele é conhecido amplamente pela alcunha de "pai da aviação", sendo responsável pela criação do primeiro avião da história, o 14-bis, além de ter sido o primeiro homem a voar.

Nascido no município de Palmira, em Minas Gerais, sendo filho do engenheiro e cafeicultor Henrique Dumont com Francisca de Paula Santos, desde pequeno demonstrou grande curiosidade pelo mundo ao seu redor. Graças a isso, quando adulto se empenhou em ser um inventor, tendo realizado diversas façanhas além do primeiro avião. 

O inventor Alberto Santos Dumont
O inventor Alberto Santos Dumont / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Vida de estudos

Em entrevista exclusiva ao site Aventuras na História, o jornalista e escritor José Roberto Luchetti, autor do livro 'Alberto do Sonho ao Voo' (2005), descreve que um elemento fundamental na vida do inventor Santos Dumont para que alcançasse todo o sucesso que conseguiu com seus inventos foi justamente sua formação acadêmica:

Santos Dumont estudou engenharia na França, onde aprendeu conceitos que seriam fundamentais para suas inovações. Seu conhecimento técnico permitiu que ele aplicasse princípios científicos em seus projetos", afirma o escritor.

É importante lembrar que na época em que Dumont era vivo, o Brasil ainda se encontrava em processo de desenvolvimento, de forma que a infraestrutura aeroespacial da Europa — em especial da França, berço da inventividade na época — se demonstrava muito mais avançada. Por isso, o exterior foi onde o brasileiro encontrou oportunidades.

"Ele tinha acesso a mecânicos qualificados, materiais avançados e equipamentos de ponta, o que facilitava seus projetos e experimentos. Além disso, ele contava com o apoio de personalidades influentes que o auxiliaram financeiramente em suas empreitadas aeronáuticas", acrescenta Luchetti.

Aproximou o homem dos céus

Embora seja mais conhecido pelo 14-bis, o primeiro avião criado — título este disputado também pelos irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wright —, o feito só foi alcançado após inúmeras tentativas, sem mencionar outras invenções com as mais diferentes finalidades. 

Entre elas, estão "inúmeros dirigíveis, o motor aeronáutico leve, o relógio de pulso, a balança de precisão para pesar combustível, o traje de mergulho para exploração subaquática com capacete hermético e bomba de ar", e a lista estaria apenas no começo. Até porque, pouco foi estudado sobre o inventor, de maneira que algumas de suas obras, embora conhecidas, às vezes nem são associadas a ele. Porém, onde mais se destacou foi tudo que aproximou o homem dos céus.

Antes do avião, Santos Dumont construiu e testou vários modelos de dirigíveis e balões. Ele tentou, inclusive, alguns mais compactos que os já conhecidos na época. "Esses dirigíveis mais compactos ajudaram a aperfeiçoar seu entendimento da aerodinâmica e controle, além de fornecerem valiosas lições práticas", explica José Roberto Luchetti.

Balão de Santos Dumond
Balão de Santos Dumond / Crédito: Wikimedia Commons

Em seus estudos, dedicou-se à tentativa de reduzir o peso das aeronaves, começando a adotar alumínio em algumas partes. Além disso, também desenvolveu sistemas de controle mais eficientes, que "permitiam uma dirigibilidade mais precisa".

Almejando também maior potência e eficiência das aeronaves, descobriu maneiras de melhorar seus motores, diminuindo o peso e aumentando a potência. Já para compensar o aumento na velocidade, o controle também precisou ser melhorado; e Dumont fez o trabalho completo: "Ele desenvolveu um sistema inovador que permitia ao piloto controlar a direção do dirigível de forma mais precisa, o que aumentou a segurança e a capacidade de manobra durante o voo", entre elas a roda de causa, explica o autor.

E foi assim que um curioso e criativo brasileiro chamado Santos Dumont entrou para a História ao realizar um sonho inerente à humanidade: voar. Dessa forma, alcançou o objetivo almejado até mesmo pelo gênio Leonardo da Vinci, e foi um dos maiores responsáveis pela chegada do homem aos céus.