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Matérias / Pandemia

Anos de História confirmam: a quarentena faz diferença

Não é a primeira vez que a humanidade enfrenta um vírus cruel. Muito pelo contrário, lutamos contra a disseminação de diversas doenças através do isolamento social desde a Idade Média

Alexandre Carvalho e Pamela Malva Publicado em 30/06/2020, às 17h00

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Hospital europeu durante a Gripe Espanhola - Divulgação
Hospital europeu durante a Gripe Espanhola - Divulgação

Em momentos de epidemias, medidas tomadas por diversos Estados são questionadas por aqueles que não acreditam em isolamento social e testes constantes. A história, no entanto, confirma: o confinamento temporário faz a diferença entre a vida e a morte.

Trechos do Antigo Testamento, por exemplo, recomendam a prática de quarentena em casos graves de lepra. Com o passar dos anos, então, essa tornou-se uma das formas mais eficazes de lidar com a rápida disseminação de múltiplas doenças.

Foi apenas durante a Idade Média, entretanto, que verdadeiras quarentenas foram registradas. Na época, a ideia era proteger as cidades costeiras de possíveis enfermidades trazidas nos navios de carga.

Dessa forma, durante o século 14, embarcações que vinham do exterior eram mantidas em portos europeus, como o de Veneza. Durante o período inicial de 40 dias, quaisquer vírus e bactérias na tripulação eram erradicados e não entravam no continente.

Tendas de quarentena durante a Gripe Espanhola / Crédito: Divulgação

Tendas e macas

Anos mais tarde, as pessoas aprenderam que o isolamento social pode evitar a maior disseminação de um vírus. Foi esse o conhecimento usado por Nova York em 1892. Naquele ano, diversos imigrantes judeus da Rússia entravam na cidade acompanhados por uma quantidade inimaginável de piolhos transmissores de Tifo.

Antes mesmo que a doença fosse identificada como uma epidemia, os insetos começaram a se espalhar pela cidade e contaminar dezenas de pessoas. A regência da época, então, decidiu por experimentar o isolamento social.

Um grupo de, pelo menos, 70 pessoas foram obrigadas a ficar de quarentena em diversas tendas montadas em North Brother Island. Se não fosse a atitude, o surto de Tifo logo bateria de frente com a cólera, também trazida por imigrantes russos.

Corpo de enfermeiros em hispital durante a Gripe Espanhola / Crédito: Divulgação

Festa inconsequente

Em 1918, no entanto, o mundo conheceu uma das pandemias mais fatais da história. Sem registros de origem, a Gripe Espanhola disseminou o H1N1 por diversos continentes. Naquela época, ficou mais do que clara a necessidade do isolamento social, como mostram as atitudes de duas cidades norte-americanas durante o surto.

A doença chegou à Filadélfia em setembro, em plena Primeira Guerra Mundial com acampamentos de soldados infectados e já transmitindo para a população civil. A rapidez dos contágios sugeriria quarentena, mas não para as autoridades da cidade, que decidiram por um grande desfile, a fim de arrecadar fundos para a guerra.

O evento juntou mais de 200 mil pessoas nas ruas, formando um epicentro de disseminação. Poucos dias depois, os hospitais do lugar colapsaram e 16 mil pessoas morreram de Gripe Espanhola na Filadélfia, uma das cidades mais atingidas pelo vírus.

Saint Louis, por sua vez, decretou lockdown logo que os primeiros casos surgiram. Q quarentena foi radical: escolas, bibliotecas, restaurantes, teatros, casas de shows e igrejas foram fechados. No fim da pandemia, 600 cidadãos perderam a vida.

Imagem meramente ilustrativa de pessoas com máscaras durante a pandemia / Crédito: Getty Images

Aprender com o passado

Décadas mais tarde, já recuperado dos horrores da Gripe Espanhola, o planeta Terra foi acometido por outra pandemia, tão terrível quanto as anteriores. De repente, entre o final de 2019 e o começo de 2020, o mundo estava tomado pelo Coronavírus.

Atenta às tendências de disseminação do vírus, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, decidiu unir dois métodos eficazes de combate à doença. Junto de medidas rígidas de isolamento social, o país assumiu um forte sistema de testagem.

Com isso, o país atualmente apresenta a marca impressionante de 1,5 mil casos confirmados de Coronavírus, dos quais apenas 22 pessoas foram vítimas da doença. Lentamente, então, a população retornou à rotina normal e o comércio foi reaberto.

Em sentido contrário, os Estados Unidos não se adaptaram ao início da doença e, hoje, apresentam mais de 2,7 milhões de casos confirmados. A curva de contágio continua subindo a cada dia e já são mais de 129 mil mortos pela doença.


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