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Matérias / Personagens

Clube dos 27: a enigmática morte do fundador dos Rolling Stones, Brian Jones

O guitarrista de uma das maiores bandas de rock do mundo teve sua vida interrompida de maneira misteriosa

Penélope Coelho Publicado em 24/05/2020, às 09h00

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Brian Jones, em 1965 - Wikimedia Commons
Brian Jones, em 1965 - Wikimedia Commons

Um certo mistério ronda a morte de alguns músicos e artistas que falecem na fatídica idade de 27 anos: Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e Amy Winehouse são alguns dos nomes que fazem parte do chamado Clube dos 27.

O músico e guitarrista britânico, Brian Jones também faz parte dessa estatística curiosa. O jovem foi encontrado sem vida na piscina de sua mansão, em Sussex, no Reino Unido, aos 27 anos. No entanto, seu óbito gera diversas especulações e teorias. 

Jones (esquerda) com Stones, em uma apresentação em Estocolmo, no ano de 1966 / Crédito: Wikimedia Commons

Início da carreira e criação da banda

Nascido em 28 de fevereiro de 1942, Lewis Brian Hopkin Jones veio de uma família cercada de amantes da música. Filho de um engenheiro e de uma dona de casa, desde jovem, Jones destacava-se por seu talento musical.

Ainda criança aprendeu a tocar piano durante aulas proporcionadas por sua mãe. O menino aprendeu a manusear diversos instrumentos, mas, sua paixão era mesmo a guitarra, objeto que tinha apreço e nunca largava.

Na adolescência, mantinha um estilo extravagante e uma vida baseada no típico conceito de sexo, drogas e rock'n roll, da década de 1960. O garoto problema até chegou a se matricular na faculdade, porém, abandonou a vida acadêmica, entrando de cabeça no mundo da música.

Depois de se apresentar sozinho em clubes de jazz e blues, Brian sentiu que era a hora de montar uma banda. Em maio de 1962, o guitarrista divulgou um anúncio no periódico Jazz News, convidando músicos para participarem de um teste no conhecido pub Bricklayer's Arms, em Londres.

O anúncio chamou a atenção de ninguém menos que o cantor Mick Jagger, que levou seu amigo de infância Keith Richards para o teste, com Charlie Watts juntando-se posteriormente. E a partir daí, The Rolling Stones estavam oficialmente formados.

O nome da banda foi dado por Brian, que se inspirou no trecho de uma canção de Muddy Waters, Rollin' Stone, o nome foi utilizado oficialmente pela primeira vez, durante a apresentação da banda no Marquee Club de Londres, em 12 de julho de 1962. Foi de Brian o posicionamento artístico tomado pela banda, em seus anos iniciais.

Jones não tinha a mesma habilidade de escrita que Jagger e Richards, mas, possuía o domínio dos instrumentos como ninguém. Em 1969, os Rolling Stones já faziam um enorme sucesso e os músicos ganhavam muito dinheiro, Brian não soube administrar a fama e abusava das drogas e álcool, além de ter sido preso algumas vezes.

Seu comportamento estava atrapalhando o andamento dos shows e gravações do grupo, os Stones decidiram então expulsá-lo da banda, antes de uma turnê que fariam pelos Estados Unidos naquele ano.

Jones em 4 de maio de 1965 / Crédito: Wikimedia Commons

Tragédia anunciada

Na madrugada de 2 de julho de 1969, três semanas após ter sido afastado da banda que ele mesmo formou, Brian Jones foi encontrado morto em sua casa, por sua namorada sueca, Anna Wohlin.

A mulher retirou o corpo de seu amado da piscina da mansão do músico, acreditando que ele ainda estava vivo. Porém, após a chegada dos médicos, o homem foi declarado morto.

Na época, o relatório dos legistas afirmou que a causa da morte foi um acidente, provavelmente afogamento após o uso abusivo de drogas. Três dias após a morte do ex-colega de banda, os Rolling Stones — já com um novo guitarrista-, se apresentaram em um show gratuito, dedicando o concerto à Jones.

Não demorou muito para que diversas teorias da morte repentina de Brian surgissem na mídia. Foi dito que o mestre de obras Frank Thorogood, que trabalhava em uma reforma na mansão do músico, havia afogado o roqueiro.

Em um filme intitulado Stoned, lançado no ano de 2005, algumas hipóteses foram levantadas. A obra dizia que Frank teria confessado o crime à sua filha, em seu leito de morte, no ano de 1993. Contudo, não existem provas contundentes dessa história e a versão nunca foi confirmada.

Legado de Jones

Para o líder da banda, Mick Jagger, a expulsão do guitarrista foi necessária na época: “Éramos jovens, e às vezes as pessoas pegam no pé dele. Mas ele atraiu isso para si mesmo, era muito invejoso, muito difícil, muito manipulador.”, afirmou Jagger em entrevista.

Apesar da perda enigmática do musicista e da distância entre ele e os outros colegas, os Rolling Stones não teriam sido os mesmos sem Brian. Seu último álbum feito com os Stones foi o Let it Bleed, do qual ele participou em algumas canções. Mesmo tímido como compositor, suas contribuições marcaram a história dos Stones, principalmente as músicas Stoned (1963) e Now I've Got A Witness (1964).  

O documentário Rolling Stone: Life and Death of Brian Jones, lançado no início de 2020, tem como foco principal a possibilidade de que o músico tenha mesmo sido assassinado, o filme está previsto para ser veiculado em plataformas de streaming ainda esse ano, e tem o objetivo de destrinchar ainda mais esse famoso mistério, que cerca o mundo do rock a mais de 50 anos. 


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