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Matérias / Pelé

Como foi a trajetória de Pelé como Ministro do Esporte

O Rei do Futebol, falecido nesta quinta-feira, 29, cuidou do Ministério do Esporte durante o governo do presidente FHC

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 29/12/2022, às 19h06

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Pelé sendo entrevistado no programa 'Vox Populi' em 1977 - Divulgação / TV Cultura
Pelé sendo entrevistado no programa 'Vox Populi' em 1977 - Divulgação / TV Cultura

Falecido na tarde desta quinta-feira, 29, Edson Arantes do Nascimento, conhecido internacionalmente pelo apelido de Pelé, marcou a história dos esportes ao se tornar o primeiro e único atleta tricampeão da Copa do Mundo de Futebol, além de concretizar feitos históricos ao longo de sua carreira.

Contudo, se engana quem acredita que as jogadas no campo não reverberaram culturalmente e socialmente; Pelé sempre demonstrou engajamento em causas sociais; na década de 1970, ao marcar seu milésimo gol, pediu para que as autoridades do país dessem atenção as crianças ao ser rodeado de repórteres durante a comemoração.

Na década seguinte, chegou a posar para a revista Placar com uma camiseta da Seleção estampando a frase "Diretas Já", pedindo eleições diretas após o fim do regime militar no Brasil.

Contudo, na década de 1990, ocorreu o ponto alto de sua trajetória em causas políticas quando, em 1995, foi convidado pelo presidente recém-eleito, Fernando Henrique Cardoso, a compor uma pasta especialmente criada para o desenvolvimento de uma ferramenta essencial para a imagem do país.

Pelé ministro

Antes mesmo da posse, Pelé foi convidado para chefiar o Ministério do Esporte, aceitando e assumindo o cargo logo no primeiro dia de governo, em 1 de janeiro de 1995.

Dada a importância que o futebol brasileiro ganhou no ano anterior ao se tornar tetracampeão mundial — inclusive, sendo o primeiro título mundial da Seleção sem Pelé —, o novo ministro visava modernizar a prática e garantir direitos trabalhistas aos atletas, como informou o portal UOL.

No segundo objetivo, idealizou a lei que leva seu nome, Lei Pelé, vigorando até os dias atuais como uma forma dos jogadores terem posse de seus passes para trabalhar nos clubes onde preferir, prática que chegou a ser rejeitada pela FIFA, que ameaçou retirar o Brasil da Copa do Mundo seguinte, de 1998.

Por outro lado, tinha interesse em acabar com os estabelecimentos de jogos de azar, como bingos e cassinos, sem sucesso. Tal medida só foi efetivada no governo Lula, em fevereiro de 2004, ao editar Medida Provisória contra caça-níqueis.

No último ano do primeiro período de governo de FHC, em 1998, Pelé pediu a saída do cargo, com o presidente assinando a exoneração em 1 de maio daquele ano. De acordo com o ex-jogador, em entrevista a Folha de S. Paulo, ele iria dedicar o tempo integralmente como comentarista da TV Globo no mundial da França, que ocorreu entre junho e junho daquele ano, com o Brasil terminando vice-campeão mundial.