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Matérias / Curiosidades

Como surgiram os sinais de trânsito?

Com o crescimento das cidades, eles organizavam fluxo de carros, carruagens e pedestres

Fred Linari Publicado em 23/10/2022, às 09h00

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Atire a primeira pedra no sinal de trânsito — ou no farol, ou semáforo, ou sinaleira, dependendo de que parte do país você está — quem nunca olhou para aquela luz vermelha acesa no cruzamento e, irritado por causa da pressa, ficou imaginando quem foi o responsável por atrasar sua vida.

Só que o semáforo passou a ser mais do que necessário para orientar o caos que se tornava o trânsito nas cidades europeias e americanas na virada do século 20. Com o crescimento populacional e a modernização de vias no início do século passado, as cidades começaram a fervilhar.

As ruas passaram a ser indicadores de progresso. Por isso, algumas chegavam a ter até 100 metros de largura. Muitas pessoas já podiam ter um carro motorizado, principalmente depois do surgimento do modelo Ford T.

Só nos Estados Unidos, a frota de veículos saltou de 8 mil, em 1900, para 2,5 milhões em 1908. Nas ruas americanas e de cidades como Londres, na Inglaterra, carros se misturavam a carruagens, bicicletas e, claro, pedestres, que passaram a sofrer cada vez mais.

O controle do trânsito

Não foi à toa que logo começaram a surgir várias tentativas de controlar o trânsito. O primeiro semáforo de que se tem notícia data de 1868. Foi instalado em Londres com
luzes a gás para ser visto à noite. Ele tinha dois braços, movimentados por policiais: quando estavam na horizontal, indicavam que os veículos parassem; em 45 graus, eles deveriam seguir.

Durou menos de um mês porque explodiu, ferindo o policial que o manejava. Pouco depois, em Berlim, na Alemanha, foram construídas torres no meio de cruzamentos com
cabines onde policiais ficavam sentados trocando as luzes o dia todo. Esse tipo de torre, que sofreu variações ao longo das décadas, foi bem usada em Nova York a partir de 1916.

Desde 1912, sucessivas invenções ganharam notoriedade nos EUA, onde foram criados os princípios usados até hoje. O sinal de três cores e próprio para o cruzamento de vias foi inventado e instalado pelo policial William Potts, em 1920, em Detroit.

A invenção de William Potts em 1920 não foi a última. Três anos depois, o inventor
afro-americano Garrett Morgan, de Cleveland, Ohio, criou e patenteou o seu próprio sinal de trânsito.

Tratava-se de um semáforo formado por uma haste em forma de T e que desempenhava três ações no fluxo de tráfego, incluindo a permissão aos pedestres atravessarem as ruas com mais segurança. Sem dinheiro, Morgan vendeu os direitos da sua invenção à General Electric Corporation por 40 mil dólares.