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Matérias / Pirâmide

A curiosa busca pela 'pirâmide perdida' do faraó Huni, do Egito

A expedição que estuda uma necrópole em Saqqara foi exibida em documentário da Netflix

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/07/2023, às 19h43 - Atualizado em 03/08/2023, às 15h28

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Uma das mais antigas pirâmides do mundo retratada no documentário - Divulgação / Netflix
Uma das mais antigas pirâmides do mundo retratada no documentário - Divulgação / Netflix

As escavações no Egito chamam a atenção ao redor do mundo por revelarem costumes e características de pessoas que viveram muitos séculos e até milênios antes de nós. Mas se engana quem imagina que o mundo das escavações e da arqueologia em um geral muito se assemelha à franquia de longas do icônico personagem ‘Indiana Jones’. As aventuras não são fantasiosas e o trabalho não é simples, longe disso.

No documentário ‘Explorando o Desconhecido: A Pirâmide Perdida’, já disponível na plataforma de streaming Netflix, o público acompanha a trajetória de um dos maiores arqueólogos do Egito em busca de algum sinal da existência da pirâmide de Huni, que não ainda não foi encontrada. 

O Dr. Zahi Hawass liderou uma expedição em Saqqara, no Egito, a fim de também encontrar itens que sejam representativos na história do país. O arqueólogo conta, no documentário, que decidiu iniciar seu trabalho de pesquisa, pois, estava cansado de saber que todas as grandes descobertas do Egito foram feitas por estrangeiros. Então, decidiu que já estava na hora de um grupo egípcio pesquisar a própria história.

As escavações se deram em dois locais diferentes da grande necrópole: Gisr el-Mudir e Bubasteion, e neles, muitos objetos históricos foram descobertos.

Grupo da expedição que tenta encontrar a pirâmide de Huni - Crédito: Divulgação / Netflix

As descobertas

O período de escavações e estudos da região durou cerca de um ano e a jornada foi complicada. Debaixo de um sol escaldante, ambas as equipes tiveram um trabalho exaustivo, mas fantástico. Em Bubasteion, o Dr. Mostafa Waziry, do Conselho Supremo de Antiguidades, que também já foi aprendiz de Hawass, encontrou um poço que levava a uma tumba repleta de corpos mumificados. 

Já no outro local da escavação, a equipe encontrou nove estátuas do Antigo Egito, o que é surpreendente, principalmente pela quantidade. O Dr. Zahi Hawass afirmou que os que estavam escavando é de uma época que talvez seja "tão importante para o Egito Antigo, quanto o Renascimento é para a história da Europa: O Império Antigo".

Mas o achado mais precioso ficou nas mãos de Mostafa, que encontrou dentro de um dos túmulos, um papiro com inscrições de capítulos do ‘Livro da Morte’, que, foi intitulado com o nome de Waziry.

Um papiro completo vale mais do que ouro. É recheado de conhecimento perdido’, disse o Dr. Ashraf Mohi El-Din, restaurador oficial da expedição. 
Restauradores limpando estátua encontrada em tumba - Crédito: Divulgação / Netflix

As pesquisas, apesar de terem encontrado coisas históricas importantes, ainda não acabaram, já que o objetivo principal ainda não foi atingido.

O faraó Huni

Sucessor de Djoser, Huni reinou por 24 anos e faleceu em 2600 a.C., mas Huni não foi um faraó tão famoso e grandioso quanto outros que vieram depois dele, tal como Tutancâmon, que foi amplamente documentado. Mas ainda assim, era um faraó, o que faz o arqueólogo Hawass acreditar que ele tenha tido uma pirâmide.

Claro, encontrar uma pirâmide inédita aos olhos da população contemporânea representaria um grande feito em sua carreira, e o colocaria no “hall da fama” da arqueologia, embora ele já seja reconhecido com um dos maiores arqueólogos.

O fato que a necrópole agrupa uma abundância de corpos e itens de sociedades egípcias muito antigas faz com que essas teorias sejam reforçadas. Hawass, inclusive, chegou a dizer que “se há uma necrópole, há pirâmide”.

No entanto, a jornada é longa e ainda será necessária muita energia para descobrir a possível construção localizada em Saqqara. Os feitos de Waziry nas descobertas apresentadas no documentário são significativas para a história do país, o que enche Hawass de orgulho. 

Em relação ao trabalho de Waziry, seu antigo chefe revela as esperanças: "Ensinei todos os meus assistentes a serem bons arqueólogos. Mas paixão não se ensina. Espero que algum deles a encontre".