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Matérias / Personagem

Discreta e enigmática: conheça Kim Yo Jong, a irmã do ditador norte-coreano

A jovem é a mais cotada para assumir o cargo do líder supremo Kim Jong-Un após a sua morte

Wallacy Ferrari Publicado em 27/04/2020, às 11h51

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Kim Yo-jong em encontro oficial em 2018 (à esq.) e em evento enquanto seu pai era vivo (à dir.) - Divulgação
Kim Yo-jong em encontro oficial em 2018 (à esq.) e em evento enquanto seu pai era vivo (à dir.) - Divulgação

Com as recentes especulações da imprensa internacional relacionadas ao estado de saúde do líder norte-coreano Kim Jong-Un, o nome de Kim Yo-jong voltou a ser cotado para suceder a liderança da Coreia do Norte. Marcada pela educação em eventos oficiais e cooperação exercendo secretariado em negociações internacionais, a moça de 32 anos tem poucas fotos públicas e é a caçula da família.

Nascida em 1987, foi fruto de um relacionamento de Kim Jong-il, segundo líder da Coreia do Norte, com uma dançarina japonesa chamada Ko Yong-hui. Durante a infância, viveu apenas com a mãe e os irmãos, visto que o pai passava boa parte do tempo exercendo sua ocupação de líder. Viveu em Pyongyang até os 9 anos, quando se mudou com Suíça e, de maneira discreta, foi matriculada em uma escola pública.

A jovem foi a primeira a ser transferida e, após obter bons resultados com a educação do país, a família decidiu transferir também Kim Jong-Un. Ambos estavam matriculados com nomes falsos e aprenderam a falar inglês na instituição, enquanto eram cuidados por tios. Por ser a maior companheira do irmão da estadia — que tinha muita dificuldade de adaptação — se tornou uma confidente até os dias atuais.

Kim Yo-Jong durante a abertura dos Jogos de Inverno de 2018 / Créditos: Wikimedia Commons

Retornou ao país após concluir o ensino e matriculou-se na Universidade de Pyongyang, onde se graduou em ciências da computação. Nesse meio tempo, sua mãe faleceu em 2004, quando Yo-Jong tinha 17 anos. Com a conclusão do curso, em 2007, ingressou no Partido dos Trabalhadores da Coreia, trabalhando junto ao pai até o seu falecimento, em 2011.

Há registros de que a caçula, atualmente com 32 anos, esteja casada desde 2015 com Choe Song, filho de um tenente do exército pessoal de seu pai. Com ele, engravidou duas vezes, sendo uma no final de 2015 e outra durante os Jogos Olímpicos de Inverno em 2018, em Pyongyang. Não há imagens públicas das crianças ou ao menos nomes dos políticos.

Atuação no governo

Com Jong-Un assumindo o trono, foi escolhida a dedo para cuidar da imagem do mesmo no Departamento de Propaganda do governo, visto que ela conhecia seus defeitos e virtudes como ninguém.

Sendo uma de suas assessoras mais próximas, ajudou a promover a chamada ‘ofensiva de charme’ do líder quando começou a promover ameaças mundiais com ataques nucleares. Apesar dos acessos de estrelismo do irmão, ela não realiza pronunciamentos e não costuma assinar notas oficiais, sendo marcada por uma postura discreta em relação ao exercício de sua função.

Yo-Jong em encontro o secretário de estado dos EUA, Michael R. Pompeo, em 2018 / Créditos: Wikimedia Commons

Sendo um intermédio para as relações diplomáticas, conseguiu criar uma relação amistosa com a Coreia do Sul e os Estados Unidos, dando abertura e sendo uma das principais articuladoras do tratado de desnuclearização entre os países com a Coreia do Norte. Quando a negociação falhou, seu irmão atribuiu o erro diretamente a irmã, a retirando das funções de diplomacia até o início de 2020.

A possibilidade de Yo-Jong ser a sucessora do trono supremo não é completamente garantida, visto que a mesma é a mais cotada pela linhagem Paektu, originaria da família Kim. O Partido dos Trabalhadores da Coreia, no entanto, acredita que não é a melhor opção, visto que, com um partido ocupado majoritariamente por homens, deve também ter a liderança ocupada por um.


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