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Matérias / Estados Unidos

Do muro com o México a gestão na pandemia: 5 polêmicas que marcaram o mandato de Trump

Apesar de algar fraude eleitoral, Donald Trump se despedirá da Casa Branca no próximo dia 20, quando Joe Biden será empossado

Fabio Previdelli Publicado em 04/01/2021, às 16h21

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O futuro ex-presidente americano Donald Trump - Getty Images
O futuro ex-presidente americano Donald Trump - Getty Images

Muito antes das projeções de imprensa decretarem a vitória de Joe Biden nas eleições americanas, Donald Trump já usava argumentos sem fundamento para questionar a vitória do democrata, uma clara demonstração que não aceitaria a iminente derrota. 

Primeiro, Trump afirmou que os votos por correio não deveriam ser computados. Depois, alegou que houve erro na contagem dos votos e que, em breve, se descobriria uma fraude em favor de Biden, que não só saiu vitorioso como foi o candidato mais votado na história da democracia americana. 

Agora, no entanto, parece que o jogo virou e aquele que alegava fraude sairá como o personagem que tentou fraudar as eleições.

Conforme publicado mais cedo pelo AH, uma matéria do Washington Post revelou que Trump tentou pressionar Brad Raffensperger, atual secretário de Estado da Geórgia, a ‘encontrar’ votos a seu favor, revertendo à escolha popular. 

"Então, olhe. Tudo que eu quero fazer é isso. Eu só quero encontrar 11.780 votos, que é um a mais do que nós temos. Porque ganhamos no Estado", afirmou o atual presidente dos EUA através da ligação. 

A fala não foi muito bem vista por muitos, inclusive por Carl Bernstein, jornalista que denunciou o esquema fraudulento do caso Watergate, que culminou com a queda de Richard Nixon.

Para Bernstein, o ato seria mais que suficiente para Trump sofrer um impeachment. "Isso não é um déjà-vu, é algo muito pior do que o que aconteceu no Watergate". 

Trump (à esqu.) e Nixon (à dir.) / Crédito: Wikimedia Commons

Porém, essa não foi a única polêmica do governo de Trump, muito pelo contrário, o mandato do republicano é marcado por controversas.

Com isso, nenhuma nova polêmica deve ser descartada até o próximo dia 20 de janeiro, quando Biden finalmente será empossado.

Relembre cinco polêmicas do republicano Donald Trump ao longo dos seus quatro anos como presidente dos Estados Unidos.

1. Processo de Impeachment 

Em 2018, um telefonema entre Donald Trump e o presidente Volodymyr Zelenskiy deu início a um processo de impeachment contra o mandatário norte-americano.

Na ocasião, o republicano pediu para que Zelenskiy investigasse duas coisas: uma teoria da conspiração sobre a interferência eleitoral e os laços entre o ex-vice-presidente Joe Biden, seu filho Hunter e o país do leste europeu. 

Com isso, Trump foi acusado de ameaçar reter milhões de dólares em fundos essenciais para a Ucrânia em uma tentativa de coagir o presidente ucraniano a agir em seu favor.

Assim, a Câmara dos Representantes votou em dezembro daquele ano pelo início do processo de impeachment de Trump, que foi acusado de abuso de poder, além de obstruir a investigação do Congresso.  

Cartaz a favor do impeachment de Trump / Crédito: Getty Images

Porém, o republicano foi absolvido das acusações assim que o assunto foi debatido pelo Senado. Em relação ao abuso de poder, o Senado votou 52 a 48 em favor de Donald. Já por obstrução do Congresso ele saiu ileso por uma votação de 53 a 47. 


2. Crianças enjauladas

Uma das ações mais polêmicas e controversas de Trump foi a de separar pais e filhos nas fronteiras dos Estados Unidos com o México. Assim, imagens de crianças sendo mantidas em gaiolas chocaram não só os americanos como pessoas no mundo todo. 

Apesar de, em tese, a prática ter terminado em 2018, documentos judiciais divulgados no ano passado mostram que os pais de mais de 500 crianças ainda não haviam sido encontrados, com alguns deles, inclusive, podendo ter sido deportados sem seus filhos. 

Melania Trump com uma jaqueta com a frase: “Eu realmente não me importo, não é?” / Crédito: Getty Images

A posição controversa sobre os imigrantes transcendeu Trump e chegou até sua esposa, Melania, que visitou uma dessas fronteiras com uma jaqueta com a frase “Eu realmente não me importo, não é?”.


3. O muro 

O ponto acima não foi a única polêmica de Trump em relação aos mexicanos. Ainda quando estava em campanha, o republicano disse que pretendia construir um muro entre os EUA e o México, dizendo que o país vizinho que pagaria por tudo isso.  

Porém, após quatro anos, não foi bem assim que as coisas aconteceram. Passado todos esses meses, apenas partes das paredes que já existiam foram substituídas, com apenas 24 quilômetros de novas barreiras sendo erguidas.  

Zona de construção do muro, que separa a cidade deTijuana, no México (à direita) de San Diego, nos Estados Unidos / Crédito: Wikimedia Commons

Mais de 500 quilômetros de paredes de substituição também foram construídas, mas Trump não fez muito progresso no fechamento das lacunas.

Outro ponto que também era motivo de orgulho, acabou virando piada por lá, afinal, os mexicanos não contribuíram com um centavo sequer para a construção dos muros, que foram pagos pelos próprios americanos. 


4. Protestos 

Uma das imagens que marcaram a trajetória de Trump na presidência americana é a dele do lado de fora da Igreja de St John, em Washington, depois que manifestantes foram dispersados com gás lacrimogêneo e golpeados por cassetetes da polícia para que abrissem caminho para a passagem do republicano.  

O presidente foi criticado por sua postura, que aconteceu em meio a protestos em massa após a morte de George Floyd, que foi filmado dizendo: “Não consigo respirar” após um policial branco ficar ajoelhado sobre seu pescoço.  

Muro em homenagem a George Floyd / Crédito: Pixabay

Com o assassinato de Floyd, os protestos do Black Lives Matter despertaram em mais de 100 cidades americanas. Trump disse que ficou revoltado com o vídeo da morte de Floyd, mas foi criticado por defender uma abordagem de “lei e ordem” para dispersar os manifestantes.  

Trump foi criticado por defender Kyle Rittenhouse, de 17 anos, que matou dois manifestantes em agosto. Desde então, ele chamou os manifestantes do BLM de "horríveis" e considerou o movimento um "símbolo de ódio". 

Posteriormente, Trump tuitou — e depois desfez — um vídeo que mostra um de seus apoiadores gritando "poder branco", um slogan racista associado à supremacia branca.


5. Coronavírus 

Antes da pandemia do coronavírus, o segundo mandato como presidente dos Estados Unidos parecia um caminho certo para Donald Trump. Porém, a maneira como ele lidou com a crise mudou os rumos da eleição.  

A insistência de Trump em não usar máscara e realizar comícios em massa, apesar das sugestões de distanciamentos social, gerou críticas e preocupações, que foram agravadas pela insistência descabida em remédios que não combatem o vírus, como a cloroquina, e tratamentos alternativos que só geraram caos e mais casos de internações, como a ingestão de desinfetante.  

Foto que Trump pubicou em seu Twitter usando mácara / Crédito: Divulgação/Twitter/DonaldTrump

Por fim, Trump sugeriu que o vírus simplesmente “irá embora”, apesar dos Estados Unidos ter registrado quase 100.000 novos casos da doença um dia antes das eleições. Até agora, o vírus já vitimou mais de 350.00 pessoas por lá, com mais de 20 milhões de infectados. 


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