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Matérias / Música

Encontro de astros: Quando Michael Jackson 'expulsou' o guitarrista Slash do palco

A participação do roqueiro dos Guns N' Roses foi suficiente para protagonizar uma cena antológica durante a apresentação do Rei do Pop

Wallacy Ferrari Publicado em 03/01/2021, às 10h00

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Michael e Slash reunidos em fotografia - Divulgação
Michael e Slash reunidos em fotografia - Divulgação

Sempre foi do feitio de Michael Jackson trabalhar com bons músicos; o Rei do Pop tinha o hábito de chamar, a cada lançamento, o “guitarrista do momento” para tornar os trabalhos ainda mais completos e detalhados com novas técnicas e sonoridades.

No disco Thriller, a parceria funcionou com Eddie Van Halen em “Beat It” e, em 2001, contou com o lendário Carlos Santana para ajudar em no álbum Invincible.

Porém, nenhuma relação de proximidade musical se adequou como foi com Slash, guitarrista do Guns N’ Roses e referência da época quando o assunto era guitarra.

Michael fez questão de chamá-lo — rendendo uma briga interna entre os membros da banda de rock — e presenteou o músico com uma televisão imensa em troca de uma participação no álbum Dangerous, de 1991.

As inserções do músico não apenas renderam a participação em dois singles de sucesso internacional — ‘Black or White’, onde o músico faz a introdução na versão estendida da faixa, e em ‘Give In To Me’, com Slash fazendo o arranjo completo das cordas — mas também resultou em uma parceria nos palcos.

A diferença da disciplina de Jackson com o desleixo do rockstar, no entanto, causou um episódio cômico durante a turnê do disco.

Michael e Slash reunidos durante apresentação no MTV VMA em 1995 / Crédito: Divulgação

Solo interminável

Durante um show no Japão, Slash entrou no palco na apresentação da música ‘Black or White’ e a executou com perfeição, conforme previsto por Michael no setlist.

Contudo, a surpresa ocorreu no término da música, quando o guitarrista começou a improvisar em cima do encerramento, estendendo a duração da canção por quase dois minutos.

Michael tenta pular, sincroniza encerramentos com os outros membros da banda de apoio, faz dancinhas sem prever o término do solo e, por fim, começa a gritar com o músico.

O cantor não apenas não obtém resposta, como tem a solicitação ignorada com a continuação do solo. Com o tempo de montagem do aparato técnico para as canções seguintes, qualquer perda de tempo era um transtorno para a equipe.

Com isso, dois seguranças foram conduzidos ao palco para a retirada amistosa do músico, sem tocar em seu instrumento — uma clássica guitarra Gibson Les Paul, marca registrada de Slash.

Ao contrário da orientação, ele começa a chutar os seguranças sem ao menos tirar as mãos das cordas, prosseguindo o solo com perfeição.

Acabou a palhaçada!

Sem a retirada de guitarrista, a banda de apoio aproveita uma nota longa para iniciar a música seguinte, de maneira que forçasse a saída do músico com a mudança na setlist.

As luzes e holofotes direcionados para Slash se apagam e inicia-se ‘Billie Jean’, com Michael fora do palco. No entanto, quem pensa que a saída foi causada por um grande desconforto está muito enganado.

Durante a turnê Dangerous, os equipamentos para a realização do show totalizavam 400 toneladas em estruturas de aço, telões de cristal líquido e luzes intensas, transportadas por dois aviões gigantes Antonov An-124.

Por isso, as mudanças perfeitas deveriam ser feitas com cuidado — e Jackson teve a ideia de armar a cena para que Slash distraísse o público enquanto um toldo era esticado ao fundo do palco.

Dessa maneira, havia tempo para a montagem, para trocar de roupa, para descansar parte dos músicos, regular as luzes e, por fim, realizar a entrada triunfal da faixa seguinte, com uma grande silhueta se formando pela projeção do Rei do Pop através a luz. A técnica deu tão certo que foi utilizada ao longo da turnê e, por fim, na apresentação do Video Music Awards de 1995.


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