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Matérias / Família Imperial Brasileira

Momentos finais: a controversa morte de Dom João VI

A causa do óbito do rei chegou a ser atribuída para pessoas da Casa Imperial Brasileira — e ficou ainda mais misteriosa com estudos do século 21

Wallacy Ferrari Publicado em 26/03/2021, às 11h00

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Retrato do imperador Dom João VI - Wikimedia Commons
Retrato do imperador Dom João VI - Wikimedia Commons

Ao longo da vida, o monarca Dom João VI esbanjou saúde; além de ser conhecido como um exímio comilão, não perdia um só evento real, comparecendo sempre que possível. No início do seu último ano de vida, entretanto, a saúde do rei contrastou com seu conhecido fôlego, adoecendo gradativamente e sendo visto em raras aparições públicas.

No início de março de 1826, D. João apresentou diversos problemas de saúde, desde vômitos, colapsos nervosos e até desmaios, durante vários dias. A pedido do próprio pai, sua filha, Isabel Maria, ficou ao seu lado, responsável por sua saúde e qualquer emergência imediata. Na noite do dia 9, as dores intensificaram, resultando em sua morte durante a madrugada, com 58 anos de idade.

O choque de seu falecimento repentino iniciou uma série de suspeitas sobre a causa de sua morte, desde atribuições ao seu estilo de vida, ao local que morava e, principalmente, a possibilidade de sabotagem. Internamente, a casa do rei atribuía a causa, principalmente, a um conhecido desafeto de João VI; sua esposa, Carlota Joaquina.

Dom João e Dona Carlota Joaquina juntos em retrato oficial / Crédito: Wikimedia Commons

A culpa é da Carlota?

Não era da surpresa de ninguém o fato de que os dois não se davam bem; o casamento foi uma cerimônia arranjada, quando a moça tinha apenas 10 anos de idade, para afirmar laços familiares entre as famílias imperiais de Portugal e da Espanha. Com criações distintas, o casal não apenas foi um fracasso, como também era palco de um ódio sobre os poderes.

Criado em um ambiente conservador e cristão, D. João não se adaptava e nem fazia questão de se alinhar ao temperamento enérgico e provocador da ‘companheira’, resultando em uma convivência nada amistosa. 

Tais fatores puderam atribuir a morte do rei para Carlota, que não chegou a ser cogitada publicamente na ocasião, mas especulada em uma ação conspiratória pelos opositores à monarquia e aos funcionários reais. No entanto, recolhida em Portugal, apenas lamentou e cooperou para a continuidade da faixa, passada para a filha Maria Isabel provisoriamente, até a nomeação de D. Pedro I.

Retrato oficial de Dom João VI / Crédito: Wikimedia Commons

Revisitando os restos mortais

Apesar da suspeita de sabotagem, não havia equipamentos e soluções disponíveis para uma maior averiguação da causa de sua morte, sendo pouco comentada em pronunciamentos para a população portuguesa e brasileira. Seu corpo, entretanto, foi embalsamado, com parte de suas vísceras foram exumadas em um pote de cerâmica chinesa.

Buscando maiores conclusões em relação ao falecimento de João VI, uma equipe de pesquisadores teve acesso aos restos mortais no ano de 2000 e, com auxílio de análises digitalizadas, os cientistas identificaram uma letal quantidade de arsênico, edificando a possibilidade de um assassinato ou suicídio do português.

A conclusão foi suficiente para possibilitar uma revisão histórica, analisando todo o contexto político luso-brasileiro no século 19, como acrescentou o pesquisador José Sebastião Witter, do Museu do Ipiranga: “a partir dessa constatação, é possível alterar as pesquisas a respeito da corte portuguesa naquele período".


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