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Matérias / Nova Zelândia

Essas 'pegadas' no fundo do mar não são o que você imagina

'Pegadas' intrigantes dectadas no fundo do mar, na Nova Zelândia, ganharam uma fascinante explicação

Redação Publicado em 25/09/2023, às 10h13 - Atualizado em 04/10/2023, às 16h58

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As marcas identificadas - Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia
As marcas identificadas - Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia

Há 10 anos, intrigante marcas foram detectadas por pesquisadores no fundo do mar na Nova Zelândia. O episódio logo chamou atenção, afinal, as marcas foram identificadas entre 450 e 562 metros de profundidade. Em formato de 'ferradura', as marcas intrigam os mais curiosos, no entanto, não são o que muitos podem imaginar.

Anos após a identificação, entretanto, o Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia (NIWA) encontrou uma resposta concreta para resolver o 'mistério'. 

A resposta

Uma nota divulgada na última segunda-feira, 18, apresenta o relato de Sadie Mills, que atua como gerente da Coleção de Invertebrados do instituto. Mills apresenta a teoria de que as marcas foram deixadas por um peixe da família Macrouridae, conhecido também como 'peixe-rato'.

Esses peixes curiosos se alimentam de organismos identificados debaixo das pedras. Com uma cabeça longa e uma boca que muito se estende, eles contam com fatores positivos para capturar o alimento.

Ao levantar a hipótese, ela entrou em contato com Darren Stevens, cientista do instituto. 

"Ela achava que o que estávamos vendo era lebensspuren – uma palavra que significa 'traços de vida'. Nós nos perguntamos se essas marcas poderiam ser vestígios de um peixe-rato procurando sua próxima refeição nos sedimentos", explicou Darren Stevens.

Para comprovar a teoria de Sadie Mills, o cientista fez um teste interessante. Ele comparou a cabeça desses peixes com registros das 'pegadas' identificadas no fundo do mar. Ao fazer a comparação, ele confirmou a teoria de Sadie. A pesquisa fora detalhada no jornal Deep Sea Research.

Comparação entre as marcas identificadas e a cabeça dos peixes /Crédito: Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia

O estudo analisou também que algumas marcas fotografadas há 10 anos se encaixam no formato da cabeça das espécies Coelorinchus aspercephalus e C. biclinozonalis.

Ao Newsweek, Darren Stevens deu mais alguns detalhes sobre a pesquisa. "Vendo o tamanho das impressões e as profundidades em que essas marcas únicas foram vistas, acreditamos que haja apenas três espécies de peixe-rato [do gênero] Coelorinchus que poderiam ter deixado os vestígios", afirmou ele.

Anos após os registros terem sido feitos, os pesquisadores se demonstram alegria em terem finalmente encontrado uma resposta. 

"É tão legal finalmente ter a validação de que o que vimos no vídeo [de 2013] eram, na verdade, peixes-ratos se alimentando. É como receber uma bela recompensa no final de muitos anos vendo essas imagens", disse Sadie Mills.