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Matérias / Crimes

Há 132 anos, a prostituta Emma Elizabeth Smith era — possivelmente — assassinada por Jack, o Estripador

O bárbaro crime aconteceu logo após as comemorações da Páscoa, em 1888

Fabio Previdelli Publicado em 04/04/2020, às 08h00

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Cena do filme 'Jack, o Estripador', 1959 - Getty Images
Cena do filme 'Jack, o Estripador', 1959 - Getty Images

O dia 2 de abril de 1888, foi uma segunda-feira subsequente as comemorações de Páscoa. Embora o clima não estivesse propício para a prática de atividades ao ar livre, no alojamento da 18 George Street, Spitalfields, em Londres, a viúva Emma Elizabeth Smith, de 45 anos, se preparava para sair à noite.

Nesta época, Emma trabalhava como prostituta, atuando em qualquer canto escuro de qualquer praça, beco ou viela, ou até mesmo nos quintais das casas daquele distrito. Além de pouco privilegiado, seu trabalho também era visto como perigoso: segundo Mary Russel, uma das gerentes da pensão que Smith vivia, não era incomum ela voltar a noite com os olhos roxos.

Assim como muitas outras mulheres que exerciam a mesma função, o alcoolismo era uma das raízes dos problemas de Emma. Russel também disse que quando estava sob efeito de bebidas, a moça “agia como uma louca”.

Ilustração de Emma Smith após ser atacada / Crédito: The British Library Board

No entanto, quando ela saiu aquela noite, ela estava aparentemente saudável e estável. Nunca ficou estabelecido o que Emma foi fazer, para onde ela iria ou quais seriam seus planos a partir do momento em que ela deixou o local.

É possível, assim como muitos londrinos, que ela tenha passado horas a fio bebendo nos pubs da região. Sabe-se que, à meia-noite e quinze, do dia 3, Emma foi vista conversando com um homem que vestia roupas escuras e usava um lenço branco, segundo depoimento de Magaret Hayes, sua colega de pensão.

Margaret acabara de ser assaltada por dois homens, um dos quais lhe desferiu um soco na boca, quando decidiu que voltaria para sua casa afirmando que “faria um trabalho árduo naquela noite”.

No caminho de volta, ao passar pela Farrant-street, ela notou Emma conversando com aquele misterioso homem. Após se certificar que ele não foi um daqueles que a atacaram anteriormente, ela continuou seu percurso. Devido a sua experiência recente, assim como outras agressões que sofrera — como a do dia em que teve que passar 15 dias na enfermaria —, decidiu que não estava disposta a andar por aí sozinha e, assim, retornou a pensão na George Street.

Entre as quatro e cinco da manhã, foi a vez de Emma retornar ao local, onde Mary ficou imediatamente preocupada com o estado em que a moça se encontrava. "Seu rosto estava sangrando", lembrou Mary. "Sua orelha estava muito cortada e ela disse que também estava ferida na parte interior do corpo".

Emma disse que havia sido “brutalmente maltratada por alguns homens” enquanto caminhava pela Osborn Street. Segundo informou, os assaltantes levaram todo seu dinheiro e, apesar de não conseguir identificar seus rostos, disse o mais novo entre eles tinha por volta dos 19 anos.

Vista da Osborn street / Crédito: Creative Commons

Chocada com os ferimentos da hospede, Mary a convenceu a acompanhá-la até o Hospital de Londres. Assim, Mary, Emma, Margaret e mais uma colega, Annie Lee, partiram pelo caminho que duraria 15 minutos. Ao passarem pelo local do assalto, Smith apontou para o exato lugar onde foi violentada.

Chegando na clínica, ela foi atendida pelo doutor George Haslip, que alegou que seus ferimentos eram realmente “horríveis”. Uma parte da orelha direita foi rasgada e o peritônio e outros órgãos internos foram rompidos, o que levou o médico a acreditar que os ferimentos haviam sido causados após ​ algum instrumento contundente ter sido empurrado nela com muita força.

Os ferimentos de Emma provaram ser extremamente graves e não demorou muito para que a peritonite se instalasse e, depois de entrar em coma, ela morreu às nove horas da manhã da quarta-feira, 4 de abril de 1888, há exatos 132 anos.

O inquérito sobre sua morte foi divulgado dias depois. No relatório, o médico legista, Wynne Edwin Baxter, decretou que Emma havia sido vítima de um “bárbaro assassinato” e declarou que era “impossível imaginar um ataque mais brutal e covarde” que aquele.

Embora muito se discuta se Emma Smith foi vítima de Jack, o Estripador, ou de uma gangue que atacava prostitutas do distrito, foi a partir de sua morte que a polícia abriu um arquivo intitulado “O assassinato de Whitechapel” — que no fim daquele ano seria renomeado para “Os assassinatos de Whitechapel” e conteria os nomes das cinco vítimas canônicas do serial killer.


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