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Matérias / Personagem

Irena Sendler, a mulher que salvou 2.500 crianças judias do terror do Holocausto

Atuando como assistente social, a polonesa tirava os pequenos do Gueto de Varsóvia — e enfrentou a morte de frente

Vinícius Buono Publicado em 02/10/2020, às 11h00

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Irena Sendler ainda jovem - Wikimedia Commons
Irena Sendler ainda jovem - Wikimedia Commons

Irena Sendler foi uma ativista polonesa na época da Segunda Guerra Mundial, responsável por salvar a vida de mais de 2.500 crianças judias dos horrores do Holocausto.

À época da ocupação alemã, Irena era assistente social na Polônia. Trabalhando com enfermeiras, fazia refeições para os mais pobres e necessitados. Em meados da década de 1930, já tinha sido disciplinada por ser contra as discriminações acadêmicas contra os judeus e por ter influências comunistas. Uma de suas maiores preocupações eram os filhos nascidos fora de casamento, bem como suas mães, já que ambos eram marginalizados. 

Com a ocupação nazista, ela manteve seu emprego, conseguindo autorização dos alemães para frequentar o Gueto de Varsóvia, a fim de verificar se os habitantes não estavam com tifo (os nazistas temiam uma epidemia que atingisse, também, a eles). 

Ela se juntou à resistência polonesa, a maior dentre os países ocupados na guerra e responsável pelo resgate do maior número de judeus no conflito, mais do que qualquer outra organização ou nação aliada. Filiou-se à Zegota, um conselho oficial polonês para o resgate de judeus, tornando-se líder da divisão que cuidava das crianças, sob o codinome Jolanta.

Quando transitava pelos Guetos, Irena sempre usava a braçadeira com a Estrela de Davi para mostrar solidariedade aos judeus e não chamar a atenção dos alemães. Ela, secretamente, tirava as crianças dos guetos e fornecia identidades falsificadas.

Levava-as, então, para casas de famílias dispostas a adotá-las, orfanatos e até conventos católicos. Tentava, também, manter listas das identidades dos infantes que resgatava, a fim de devolvê-los para suas famílias caso essas sobrevivessem à guerra.

Em 1943, a Gestapo, suspeitando das atividades de Irena, prendeu-a. Mesmo sob tortura, não revelou nada do que tinha feito, nem um nome sequer de alguém que tinha salvo. Ainda assim, foi condenada à morte por fuzilamento. 

Irena em 2005 / Crédito: Wikimedia Commons

No dia de sua execução, um dos guardas alegou que ainda precisava fazer-lhe algumas perguntas. Quando se afastaram, ele mandou que ela corresse para longe dali, tendo sido subornado pela Zegota. Ela foi dada como morta pelos nazistas e, sob nova identidade, continuou ajudando as crianças como podia.

Quando a guerra terminou, Irena continuou seu trabalho como ativista, além de ter construído uma carreira no governo da República Popular da Polônia, dominada pelos soviéticos. Logo obteve um certo reconhecimento pelas suas ações no conflito, com sua foto saindo em jornais e revistas.

Isso levou muitas pessoas a ligarem para ela, dizendo: “eu me lembro do seu rosto. Você me tirou do Gueto. Você salvou a minha vida”. Anteriormente, as crianças só a tinham conhecido por seu codinome.

Foi amplamente condecorada tanto na Polônia quanto por diferentes países e organizações, inclusive pelo Yad Vashem, o memorial israelense que lembra as vítimas do Holocausto. 

Irena Sendler morreu aos 98 anos em 2008, mesmo ano em que foi indicada pela segunda vez ao Nobel da Paz. Sobre seus atos, a ativista afirmava, com nobreza: “Toda criança salva com a minha ajuda é a justificativa da minha existência na Terra, não um título para glorificar”.


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