Em 2012, o aluno educado e acima da média vitimou 12 pessoas em um sessão de cinema nos Estados Unidos
Fabio Previdelli Publicado em 29/12/2019, às 09h00
Um aluno acima da média que sempre se demonstrou ser tranquilo e educado. Era assim que os colegas de classe do ensino secundário em Rancho Penasquitos, na Califórnia, descreviam James Holmes.
Nascido em 1987, o garoto foi adotado por uma enfermeira e um cientista financeiro da cidade. Secundarista formado em 2006, James sempre se destacou em vários momentos de sua trajetória escolar. Atlético e velocista, era um dos primeiros a ser escolhido nas aulas de educação física.
Porém, suas aptidões iam além da parte física. Ele era reconhecido por seus colegas como uma pessoa que não precisava de muitas anotações para tirar excelentes notas. Além do mais, tinha grande habilidade com aparelhos eletrônicos e um bom conhecimento na área de programação de computadores.
Quatro anos depois, em 2010, ele se formou como um dos primeiros da sala na Universidade da Califórnia. Já no ano seguinte, matriculou-se na Universidade do Colorado, em Denver, para o curso de neurociências — o qual acabou abandonando sem nenhum motivo aparente em 2012.
O massacre
Entretanto, o que mais marcou a vida de Holmes não foi seu êxito acadêmico. No dia 20 de julho de 2012 — mais precisamente às 0h30 — ele invadiu o cinema Century 16, em Aurora, no Colorado, Estados Unidos, com um colete à prova de balas, uma máscara de gás, granadas de fumaça e disparou tiros contra a plateia que assistia o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge.
Após o atentado que vitimou 12 pessoas, o rapaz saiu tranquilamente da sessão e foi detido no estacionamento do local. Em sua posse estavam uma espingarda calibre 12, uma pistola e um fuzil de assalto que haviam sido entregues pelo correio em sua casa.
Além das mortes, 58 pessoas foram feridas. Entretanto, as surpresas não pararam por aí. Os investigadores que foram vasculhar o apartamento de James tiveram que desarmar uma armadilha explosiva que ele havia plantado no local.
No laptop do criminoso foram encontrados detalhes do plano, que havia demorado quatro meses para ser concluído, e um histórico de visitas em sites de busca de parceiros sexuais — ele também chegou a contratar algumas prostitutas.
Um ponto que chamou a atenção dos policias foi o fato de Holmes estar com o cabelo pintado de laranja no dia do crime, o que poderia ser uma referência ao Coringa (eterno vilão do Homem Morcego).
Os investigadores também descobriram que um psiquiatra havia tentado alertar a universidade sobre a insanidade do rapaz, mas nada foi feito.
Os advogados de defesa alegarem que James Holmes sofria de insanidade, mas ele acabou condenado por 24 assassinatos e 140 tentativas de homicídio. Apesar de não haver um consenso para uma condenação à morte, ele foi sentenciado a prisão perpétua sem nenhuma chance de liberdade condicional.
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