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Matérias / 'Orgasmos à Venda'

A história por trás de 'Orgasmos à Venda', novo documentário da Netflix

'Orgasmos à Venda' relata alegações de prostituição e tráfico sexual de uma empresa

Redação Publicado em 08/11/2022, às 18h16 - Atualizado às 18h17

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Cena do trailer de 'Orgasmos à Venda: O Lado Sombrio da OneTaste', novo documentário da Netflix - Reprodução/Netflix
Cena do trailer de 'Orgasmos à Venda: O Lado Sombrio da OneTaste', novo documentário da Netflix - Reprodução/Netflix

Ao longo de 2022, a Netflix, uma das principais plataformas de streaming do mundo, conseguiu chamar bastante atenção não só pelos lançamentos que chegavam, como também pelas suas produções originais.

Muitas delas, inclusive, entraram nas obras favoritas de muita gente neste ano pelo impacto que causavam, por várias vezes retratarem crimes reais e eventos históricos.

Além da série sobre o canibal Jeffrey Dahmer ou o serial killer enfermeiro Charles Cullen, recentemente a Netflix vem chamando atenção com 'Orgasmos à Venda: O Lado Sombrio da OneTaste'.

No documentário, lançado no último sábado, 5, é possível acompanhar a queda de uma empresa de bem-estar sexual fundada no início dos anos 2000 que "prometeu iluminação espiritual e comunidade por meio de orgasmos femininos de 15 minutos", segundo a sinopse da Netflix. 

"A OneTaste construiu uma grande base de clientes dentro da bolha de tecnologia de São Francisco e foi saudada pela mídia como uma saída promissora de saúde e bem-estar que levaria os assinantes a um caminho para a satisfação", explica a Netflix. "No entanto, de acordo com alguns ex-membros do OneTaste, havia algo muito mais sinistro acontecendo nos bastidores".

Eventualmente, a empresa e seu serviço 'milagroso' e polêmico se encontrou em meio a alegações de prostituição e tráfico sexual, e até hoje muitas controvérsias existem em torno da marca. 

OneTaste

A OneTaste foi uma empresa fundada em 2005 por uma mulher chamada Nicole Daedone, e realmente se apresentou como um caminho para a realização através da prática da "meditação orgástica", como informado pela Women's Health.

Até 2018, mais de 35.000 pessoas participaram de nossos eventos presenciais, mais de 16.000 tiveram aulas e workshops. Mais de 1.300 pessoas completaram nosso Programa de Coaching e dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo aprenderam com a OM [nome dado à prática de meditação orgástica]", diz o site da OneTaste.
Nicole Daedone, fundadora da OneTaste
Nicole Daedone, fundadora da OneTaste / Crédito: Reprodução/Vídeo/YouTube

Porém, após uma matéria de 2018 feita pela Bloomberg, que apontava que os funcionários foram pressionados pela administração a fazer cursos caros e retiros que não podiam pagar, alguns ex-funcionários também alegaram que o OneTaste era um "anel de prostituição" onde os funcionários eram instruídos a fazer sexo ou realizar "meditação orgástica" uns com os outros, ou até com clientes.

No entanto, não há registro de ações criminais ou ações judiciais associadas à empresa, além de uma ação movida contra a OneTaste por um participante em Nova York em 2018 alegando abuso sexual e fraude — mas o processo foi arquivado por um juiz em 2019.

A Bloomberg, então, relatou uma investigação do FBI sobre a empresa depois que as "alegações de tráfico sexual, prostituição e violações da lei trabalhista" surgiram — porém, a agência nunca respondeu se a investigação estava em andamento.

E agora?

Recentemente, com a produção da Netflix apontando as controvérsias da OneTaste, a empresa — que, sim, ainda existe — mudou de nome, e passou a ser chamada de 'Institute of OM' — confira o novo site aqui.

Ou seja, com receio de sofrer algum tipo de penalidade após o nome da empresa se associar com escândalos sexuais, e devido à grande visibilidade ao caso que a Netflix pode proporcionar, a escolha de alteração de nome foi tomada.

Além disso, mais de uma dúzia de pessoas que participaram do OneTaste processaram o streamer por conteúdo presente em'Orgasmos à Venda', alegando que a Netflix usa imagens sexualmente explícitas roubadas.

Eles pediram que o documentário fosse lançado "sem material sexualmente explícito 'apropriado indevidamente' que pudesse mostrá-los", mas o pedido foi negado.