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Matérias / Estados Unidos

Há 117 anos, os irmãos Wright realizavam o primeiro voo do Flyer

O momento, histórico atualmente, foi presenciado por apenas cinco pessoas

Ingredi Brunato Publicado em 17/12/2020, às 09h23

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Fotografia do primeiro voo - Wikimedia Commons
Fotografia do primeiro voo - Wikimedia Commons

Os irmãos norte-americanos Orville e Wilbur Wright são dois dos mais importantes nomes da aviação. Foi no dia 17 de dezembro de 1903 que fizeram história ao tornarem possível o primeiro voo controlado com um avião motorizado mais pesado que o ar. 

Durante 12 segundos, a máquina, chamada Flyer, foi capaz de cruzar uma distância de 37 metros. Quem estava pilotando durante esse momento célebre - porque além de projetar e construir suas obras, os irmãos também as dirigiam - era Orville

Orville e Wilbur Wright em 1905 / Crédito: Wikimedia Commons

A conquista foi o marco inicial para muitos outros voos. Naquele mesmo dia, outros três testes conseguiram resultados diferentes, com a tentativa mais longa durando 59 segundos. 

Fora os irmãos, apenas cinco pessoas presenciaram o feito: três salva-vidas (um deles em posse da câmera que registrou os voos pioneiros), um empresário da região e um adolescente curioso que também morava ali perto. 

Depois disso, a danificação na estrutura da máquina voadora causada por cada um dos pousos acabou se somando, e o Flyer acabou sendo inutilizado. A máquina nunca mais voou: apenas foi restaurada para ser colocada em exibição num museu. Isso porque depois disso, os engenheiros partiram para a construção sua obra-prima seguinte, o Wright Flyer II. 

Antes do feito 

É claro que, até chegarem ao ponto em que conseguiram tirar do chão o primeiro avião controlado e mais pesado que o ar, os engenheiros já tinham acumulado muita experiência com suas invenções. 

Uma criação anterior deles, por exemplo, foi o planador, que funcionava como uma espécie de 'pipa pilotável'. 

Fotografia de planador / Crédito: Wikimedia Commons

Uma análise feita em 1985 por dois professores da Universidade de Cambridge demonstrou, inclusive, que o Flyer original era tão instável que controlar a máquina representou uma verdadeira proeza, algo que apenas dois pilotos como os Wright, que já tinham passado um bom tempo dentro de planadores, eram capazes.

Os irmãos também não conseguiram tirar sua nova criação do chão no primeiro dia que tentaram, que foi 14 de dezembro, três dias antes da data que entrou para a História. 

Após o fracasso temporário, Wilbur Wright escreveu para a família que "o poder [do Wright Flyer] é amplo, se não fosse por um erro insignificante devido à falta de experiência com esta máquina e este método de partida, a máquina sem dúvida teria voado lindamente”. E ele estava certo. 

Primeiro voo 

Quando analisamos um evento como o primeiro voo motorizado com a perspectiva que temos nos dias atuais, já sabendo que foi um momento histórico e importantíssimo para o desenvolvimento da aviação, parece tudo muito emocionante, contudo, curiosamente, as pessoas as pessoas da época encaravam a dupla com ceticismo. 

Para resumir, os contemporâneos não estavam muito impressionados com seus feitos aviários. Inclusive, a imprensa da cidade de Dayton, onde eles viviam, não teve interesse em publicar a história do acontecimento, julgando-o como pouco relevante pela brevidade dos voos. 

Outra questão é que os irmãos engenheiros, por terem feito testes fora de sua cidade, tentaram informar os jornais através de um telegrama para o pai, e nesse processo um telégrafo acabou informando outro jornal - muito maior, inclusive - a respeito do feito.

Irmãos Wright em 1910 / Crédito: Wikimedia Commons

Esse telefone sem fio, todavia, resultou em uma notícia cheia de imprecisões sendo publicada no dia seguinte. Foi essa, ironicamente, que a imprensa de Dayton acabou repercutindo. A relação dos irmãos Wright com a imprensa continuaria sendo distante nos anos seguintes, o que agradava a dupla.

Como dependiam financeiramente do sucesso de suas invenções, preferiam mantê-las em relativo sigilo, para que seus concorrentes não copiassem.


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