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Matérias / Mundo

Irmã de Anne Frank também teve um diário

Margot Frank registrou o seu testemunho sobre o período em um diário perdido

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/01/2022, às 13h15 - Atualizado às 13h17

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Margot Frank (à direita) com uma amiga em seu clube de remo - Divulgação / Roos Van Gelder (Anne Frank House)
Margot Frank (à direita) com uma amiga em seu clube de remo - Divulgação / Roos Van Gelder (Anne Frank House)

Na última quinta-feira, 27 de fevereiro de 2022, foi celebrada a data Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na qual todos que sofreram no genocídio foram honrados com as lembranças de parentes e amigos sobreviventes.

Dentre os relatos sobre este momento horrífico, o mais lembrado é, com certeza, o Diário de Anne Frank.

Experienciando os primeiros momentos da perseguição nazista aos judeus, escondendo-se por mais de dois anos e, tragicamente, falecendo em um campo de concentração, com exceção do pai Otto, a família Frank foi vítima do Holocausto. No entanto, além dos registros de Anne, sua irmã Margot também deu seu testemunho sobre o período, conforme relembrado pelo El País Brasil.

No “Diário de Anne Frank”, publicado por Otto Frank em 1947, após receber a notícia da morte de suas filhas, é revelado que Margot Frank também manteve um diário durante esse momento de suas vidas.

Infelizmente, o diário de Margot nunca foi encontrado, nem no anexo atrás de uma estante móvel e nem nos objetos das duas irmãs devolvidos para Otto Frank, logo tudo o que conhecemos da jovem nos foi revelado através de testemunhos de pessoas que a conheciam, de suas cartas e, obviamente, do diário de Anne.

Margot completaria 96 anos em 2022, caso não tivesse sido vítima desse momento temeroso da história.

Quem foi Margot Frank?

Margot Frank no barco em que praticava remo - Créditos: Divulgação / Roos Van Gelder (Anne Frank House)

Apenas três anos mais velha que Anne Frank, Margot também nasceu quando a família vivia em Frankfurt, uma das maiores cidades da Alemanha. Vivendo em um bairro culturalmente diverso, a jovem conheceu muito sobre outras religiões, porém, seguindo os passos de sua mãe, Edith, e sempre mantendo-se fielmente judia.

De acordo com os relatos de Anne, que conta sobre Edith sempre a guiando a ser mais como Margot, e testemunhos de pessoas que estudaram com a jovem, Margot sempre foi extremamente inteligente e cheia de amigos, devido a seu comportamento que, em relação ao esperado na época, era exemplar.

Em um dos poucos registros diretamente sobre Margot, disponível atualmente na Casa de Anne Frank, em Amsterdã, Jetteke Frijda, uma de suas colegas na época de escola, a jovem Frank era descrita como um exemplo para suas amigas e para todos à sua volta.

É a melhor em tudo, mas não se gaba; você pode confiar e aprender com seu exemplo. Fala pouco de si mesma e pouco em geral”, contou.

Durante seus anos de vida, Margot tinha o sonho de tornar-se parteira e continuou dedicando-se mesmo durante o Holocausto, até completando um curso de latim através de cartas durante o período em que estava no esconderijo, porém utilizando o nome de um dos colegas de seu pai que estavam ajudando-os a se esconder.

Além disso, a jovem sempre esteve de olho nos acontecimentos mundiais e, em 1941, indo em um caminho de resistência ao nazismo e ao genocídio do povo judeu, inscreveu-se no clube sionista holandês, onde juntou-se a outros jovens que sonhavam com a emigração para a Palestina, de forma a criar um Estado judaico.