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Matérias / Personagem

Lillian Alling, a mulher que caminhou dos EUA até a Rússia com seu cachorro de estimação

O trajeto, que iniciou em Nova York, partiu para a Sibéria como um marco da determinação feminina durante a década de 1920

Wallacy Ferrari Publicado em 27/07/2020, às 09h19

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Fotografia da jovem com o cachorro - Divulgação / Heritage House Publishing
Fotografia da jovem com o cachorro - Divulgação / Heritage House Publishing

Lillian Alling nasceu na Polônia e cresceu em diversas localidades do leste europeu, mas pouco pôde aproveitar a estadia em seu continente natal. Ainda durante a juventude, mudou-se para os Estados Unidos em busca de novas oportunidades de trabalho. Por lá ficaria ao longo dos anos, até um choque durante o ano de 1926.

Empregada em Nova York, a garota tinha duras rotinas de trabalho em uma fábrica, produzindo de maneira repetitiva e linear durante todos os dias, com poucas pausas para descansar. Mesmo assim, a esperança de um salário melhor a mantinha no país. Na metade do ano, no entanto, descobriu que, mesmo trabalhando incansavelmente, seu salário não possibilitaria a compra de passagens de um navio a vapor.

Sem a garantia de retorno ao seu país para visitar os parentes e verificar a situação econômica, Lillian teve uma brilhante ideia econômica; se deslocou para a Biblioteca Municipal de Nova York e passou a estudar diversos livros de geografia, realizando um esboço aproximado de um trajeto de volta para o leste europeu. O transporte, no entanto, seria somente seus próprios sapatos, visto que tinha acumulado 20 dólares nas semanas anteriores.

A expedição da garota russa

Com o projeto pronto, caminhou até Buffalo como um teste de distância, para planejar o tempo que percorreria. Com os cálculos concluídos, partiu em direção ao Canadá, atravessando as Cataratas do Niágara na véspera do Natal de 1926, somente caminhando. Em 10 de setembro de 1927, a presença da polonesa foi registrada em Hazelton, no Canadá, próximo a margem oeste do país.

Com tal registro, já era possível concluir que Lillian havia percorrido cerca de 48 quilômetros por dia durante quase um ano. Por lá, Ailling foi detida pela polícia, sendo acusada de vadiagem por apenas perambular pela cidade, sem realizar atividades acadêmicas ou profissionais. Presa durante dois meses, trabalhou em Vancouver para economizar dinheiro e prosseguir a viagem, como fez em 1928.

Fotografia de Lillian durante sua passagem no Canadá / Crédito: Divulgação / Heritage House Publishing

Antes de partir, se tornou conhecida regionalmente pela história e educação, recebendo roupas, suprimentos e um cachorro para auxiliar nas jornadas solitárias. Prosseguiu até Yukon, em Dawson City, em outubro do mesmo ano, trabalhando para ter mais economias e evitar o inverno de frio intenso. Com o dinheiro que conseguiu, comprou um barco usado, onde navegou do rio Yukon até o Alasca, lançando a embarcação na água na primavera de 1929.

Em outubro de 1928, Alling havia chegado a Dawson City , Yukon, onde os habitantes locais conheciam sua história e antecipavam sua chegada. Mais uma vez, passou o inverno trabalhando e economizou dinheiro suficiente para comprar e consertar um barco que, na primavera seguinte, usaria para navegar no rio Yukon até o Alasca.

A chegada triunfal

O barco auxiliou Lillian até o leste da península de Seward, onde foi abandonado, com a jovem prosseguindo a viagem por terra até Word, onde ficou mais um tempo, e concluindo o trecho até o Estreito de Bering. Sua última aparição com o nome americano foi em Teller, no Alasca, próximo ao ponto mais ocidental da América do Norte, tendo caminhado 8 mil quilômetros.

Registros históricos apontam que a jovem conseguiu concluir a viagem, mas passou a se apresentar como Julia Alling. Relatos também confirmam a presença da jovem no outono de 1930 na Rússia, por um grupo de três esquimós. Um obituário aponta seu falecimento em 1932, sem maiores informações.


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