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Matérias / Música

Lutando contra a AIDS, Freddie Mercury perdeu grande parte do pé, que foi amputado

Antes de morrer devido às consequências da imunodeficiência, o vocalista do Queen passou por grande sofrimento, como relatou seu colega de banda anos depois

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/07/2021, às 07h00

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Freddie Mercury em apresentação com o Queen na Hungria - Divulgação/Youtube/VIDEO REMASTER ITA
Freddie Mercury em apresentação com o Queen na Hungria - Divulgação/Youtube/VIDEO REMASTER ITA

A morte de Freddie Mercury deixou um vazio na música. Em 24 de novembro de 1991, o vocalista de uma das maiores bandas de todos os tempos, o Queen, morreu aos 45 anos em decorrência de uma broncopneumonia intensificada pelos os problemas causados pela AIDS, doença com a qual foi diagnosticado quatro anos antes.

O mundo só entendeu o estado de saúde do cantor um dia antes de sua morte, com a divulgação de uma nota em que Freddie revelava ser portador do vírus HIV. Desde 1987, com o diagnóstico, o artista guardou a situação em segredo e apenas pessoas próximas o acompanharam na luta contra a doença. 

Como ele queria, a batalha foi travada sem o conhecimento do público e curiosidade da imprensa. Mas, mesmo assim, ela não foi menos dolorosa. Na época em que Mercury recebeu a notícia, ter AIDS era extremamente trágico e pessoas morriam pouco tempo depois de serem infectadas.

Não existiam tratamentos capazes de retardar o avanço da imunodeficiência, como os que temos nos dias de hoje. Assim, o cantor conseguiu continuar com a produção de músicas para o Queen e a viver sua rotina normal por algum tempo, até que não conseguiu mais ignorar as dores crônicas e problemas de saúde que não iriam embora.

Freddie Mercury com um de seus gatos / Crédito: Cortesia de Richard Young, via CNN Internacional

Anos depois da morte de Freddie, seus colegas de banda continuam relembrando seu legado e os momentos marcantes que tiveram com o ímpar vocalista. O guitarrista Brian May, por exemplo, disse recentemente em entrevista ao Greatest Hits Radio que “ele [Freddie] está sempre em meus pensamentos”. 

No livro ‘Queen in 3-D’, publicado em 2017, May contou detalhes sobre a rotina do Queen por dentro a partir de 300 fotografias 3-D nunca antes publicadas e um texto nostálgico relatando a trajetória dos integrantes da banda.

Foi no prólogo da publicação que o guitarrista também revelou detalhes sobre a batalha travada por Mercury contra a AIDS. Segundo Brian, o vocalista da banda começou a perder parte de um dos pés devido ao vírus com o qual foi diagnosticado. 

No livro, que conta com um arquivo pessoal impressionante acumulado ao longo das décadas de existência do Queen, o músico escreveu que "o problema [durante o tratamento contra AIDS] era realmente o pé dele e, tragicamente, havia sobrado muito pouco dele."

O guitarrista também relembrou um dia que estava jantando com Freddie e viu o pé do vocalista pela primeira vez e a citação foi repercutida pelo portal UOL, antecipada pelo jornal The Sunday Times. 

"Ele [Mercury] mostrou para nós como estava o pé em um jantar. "E, ele disse: ‘Oh, Brian, me desculpe por ter te chateado mostrando isso’. E eu disse: ‘Não estou chateado com isso, Freddie, apenas por perceber que você tenha que aguentar tanta dor’”, relatou May. 

O guitarrista Brian May e o vocalista Freddie Mercury / Crédito: Compadre Edua'h e Carl Lender/Wikimedia Commons

Como não existiam tratamentos capazes de melhorar a qualidade de vida de uma pessoa portadora do vírus HIV, a saúde dessas pessoas deteriorava-se fácil e rapidamente. Foi o caso de Freddie, que viu seu estado piorar ainda mais em seus últimos meses de vida.

A situação do pé do cantor já estava complicada, mas agravou-se tanto que uma amputação foi necessária. No texto, o guitarrista não disse a data exata da operação, mas é provável que tenha sido pouco tempo antes de Freddie morrer.

Outra questão levantada por Brian no livro é que o surgimento de medicamentos e recursos terapêuticos para parar o avanço da AIDS aconteceu alguns meses após a morte do cantor, em 24 de novembro de 1991.

"Ele perdeu a chance por uma diferença de apenas alguns meses. Se tivesse um pouco mais de tempo ele ainda estaria com a gente, tenho certeza. Mas não se pode pensar assim porque senão você fica louco", lamentou o artista.


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