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Matérias / Personagem

Morte de filhos e casamento relâmpago: A trágica vida íntima de Joe Biden

Recém-eleito presidente dos Estados Unidos, o político passou por uma série de angústias em decorrência de perdas precoces

Wallacy Ferrari Publicado em 09/11/2020, às 10h35

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Joe visita filhos e esposa falecidos em cemitério - Getty Images
Joe visita filhos e esposa falecidos em cemitério - Getty Images

Com a estimativa de sua eleição confirmada na tarde de sábado, 7, Joe Biden é o 46º presidente dos Estados Unidos ao vencer Trump. O americano já foi o vice-presidente durante os dois mandatos de Barack Obama, tendo a oportunidade de assumir o cargo interinamente em ocasiões de ausência do titular — e agora terá Kamala Harris para tal função.

A projeção da agência Associated Press confirmou que o candidato conseguiu atingir 274 delegados — 4 a mais do que o necessário. O presidenciável disputava a vaga contra o republicano Donald Trump, que buscava a reeleição. 

O anúncio da vitória ocorreu após o término da apuração no estado da Pensilvânia. Biden também venceu na contagem de votos totais, com mais de 4 milhões de votos. Veículos como a CNN, The New York Times e NBC também apontaram a vitória do democrata.

Apesar de uma vitória comemorada por apoiadores do candidato e por opositores de Trump, Biden não fez questão de fazer uma comemoração antes de visitar algumas das pessoas mais importantes de sua vida: a primeira esposa, Nellia Hunter, a filha Naomi e o filho Beau, em Delaware.

O encontro, no entanto, não foi repleto de barulho ou abraços calorosos, mas tomado pelo silêncio e emoção; Nellia e Naomi faleceram há 48 anos e o filho Beau Biden, há cinco. Todos eles estão sepultados no cemitério da igreja St. Joseph's, no qual Biden queria ter passado durante o dia de finados, no entanto, não conseguiu pela agenda política. Por fim, compareceu no local no último domingo, 8, justamente o primeiro dia como presidente eleito.

Joe Biden (à erq.) em montagem com a primeira esposa, Neilia Hunter (à dir.) / Crédito: Wikimedia Commons

O primeiro adeus

Biden conheceu Neilla em 1963, quando concluiu os estudos na Universidade de Delaware, passando a namorar a partir de 1966. Dois anos depois, ambos já tinham encerrado o curso superior e decidiram trabalhar na cidade de Wilmington, com Biden ganhando projeção regional como advogado.

Se por um lado a imagem do rapaz melhorava com a comunidade local, sendo integrado no Conselho do Condado de New Castle, o relacionamento também progredia; juntos, tiveram os filhos Beau, Hunter e Naomi. Com os âmbitos estáveis, John decidiu seguir o sonho político, sendo eleito o senador mais jovem do país, aos 29 anos, em 1972. Todavia, uma tragédia, semanas após assumir o cargo, abalou o democrata.

Enquanto estava em Washington, recebeu uma ligação informando que Neilia e os quatro filhos haviam sido vítimas de um acidente de carro, com a esposa e a filha mais nova, Naomi, com apenas 13 meses de vida, falecendo no acidente. Ao viajar para a Delaware, descobriu que um reboque de trator atingiu o veículo em cheio. Beau e Hunter ficaram em estado grave, entretanto, conseguiram sobreviver.

John cumprimenta o filho Beau Biden em visita ao Iraque, em 2009 / Crédito: Getty Images

Beau conseguiu sobreviver ao acidente de carro e cresceu ao lado do pai junto com a segunda esposa, Jill Biden, posteriormente servindo ao exército americano. Também formado em direito, o filho trabalhou no Departamento de Justiça da Filadélfia entre 1995 e 2004, pouco antes de se tornar membro da Guarda Nacional do Exército de Delaware, posteriormente alcançando a patente de Major no Corpo do Juiz Advogado Geral.

O combatente chegou a receber a Medalha de Estrela de Bronze, mas não pôde acompanhar o pai em sua corrida presidencial com Obama, em 2008. Em visita ao Iraque, em 2009, o já vice-presidente reencontrou o filho uniformizado e condecorado pelos serviços. No ano seguinte, entretanto, outra triste descoberta; o jovem sofria de um tumor cerebral após fortes dores de cabeça e um leve derrame.

Nos cinco anos seguintes, Beau foi admitido nos principais centros de tratamento do país, sem sucesso. Mesmo após a remoção do tumor, o rapaz foi internado no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed em 20 de maio de 2015, falecendo 10 dias depois, aos 46 anos de idade. O garoto foi enterrado pelo pai no mesmo local onde a mãe e a irmã estavam sepultadas.


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