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Matérias / Personagem

Morte, desaparecimento e comoção nacional: a saga do peixe da sorte da Zâmbia

Vivendo em um lago na Copperbelt University, o animal era considerado um verdadeiro amuleto e seu fim impactou o país

Pamela Malva Publicado em 17/09/2020, às 11h25

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Imagem meramente ilustrativa de peixe - Divulgação/Pixabay
Imagem meramente ilustrativa de peixe - Divulgação/Pixabay

Em universidades ao redor do mundo, é bastante comum que diversos animais sejam considerados ícones do espírito da instituição. De felinos e porcos até múltiplas aves, os famosos mascotes podem ser das mais exóticas espécies.

Esse é o caso da Copperbelt University, na Zâmbia, que contava com um peixe como seu amuleto da sorte. Segundo as lendas locais, o animal de 22 anos, que vivia no lago da instituição, tinha poderes especiais e, por isso, era muito amado pelos estudantes.

Com o nome de Mafishi, o peixe supostamente ajudava os alunos da universidade nas muitas provas aplicadas ao longo do ano. O mascote, assim, ocupava um lugar especial na instituição há anos, até que uma série de acontecimentos chocou o país.

Fotografia do famoso Mafishi / Crédito: Divulgação/Edgar Lungu/Facebook

Luto e mobilização

No dia 08 de setembro deste ano, o amado Mafishi acabou morrendo em um episódio que ainda não ficou muito claro. O fato é que, de um dia para o outro, a segunda maior universidade pública da Zâmbia havia perdido seu mascote mais adorado.

Os alunos ficaram devastados. A morte do peixe foi seguida por diversas homenagens com velas e por longas marchas ao redor do campus em nome do animal. Não demorou, então, para que o caso atingisse uma amplitude nacional.

De repente, o termo Mafishi tornou-se o mais pesquisado do país. A comoção foi tamanha que até o presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, lamentou a repentina morte do animal. Em nome da faculdade, o líder estudantil da instituição, Lawrence Kasonde, afirmou à BBC que o animal seria embalsamado alguns dias após seu fim.

Alguns dos pedaços de Mafishi / Crédito: Divulgação

Reviravolta

Como se a tristeza nacional já não fosse o suficiente, o caso de Mafishi ainda se tornou um grande mistério, no qual muitas pessoas demoraram a acreditar. Acontece que, sem que ninguém soubesse, os restos mortais do peixe simplesmente desapareceram.

Antes guardado em um freezer, o paradeiro do peixe agora era completamente desconhecido. Para os universitários, aquele foi o fim. Se fosse uma brincadeira, era uma piada do pior gosto possível, já que tratava de um animal tão querido.

Indignada com a situação, a faculdade decidiu custear uma investigação para descobrir o verdadeiro destino de Mafishi. Foi então que, segundo a BBC, o mascote foi encontrado dentro da geladeira de um trabalhador.

Mafishi sendo costurado / Crédito: Divulgação

Linha e agulha

O estado em que o peixe foi encontrado foi um susto para todos que se comoveram com a história. Dentro da geladeira, Mafishi estava sem escamas e havia sido separado em pedaços, já que, futuramente, seria servido em alguma refeição.

Ainda que cortado, o peixe foi resgatado pela universidade e, em pouco tempo, passou por uma espécie de cirurgia. Em um processo de restauração minucioso, as partes do animal que ainda não tinham sido comidas por ninguém foram costuradas.

Graças à equipe da universidade, o grande Mafishi foi reconstituído em toda a sua glória. Mesmo depois de tantas reviravoltas, o peixe continua sendo um ícone no país que, agora, também é conhecido pela forma como venera os animais.


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