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Matérias / Brasil

Neste dia, em 2019, o jornalista Ricardo Boechat morria num acidente aéreo

Viajando em um helicóptero inabilitado de realizar taxi aéreo, a trajetória do jornalista foi interrompida de maneira trágica

Wallacy Ferrari Publicado em 11/02/2021, às 14h10 - Atualizado às 14h11

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Boechat na bancada no Jornal da Band - Divulgação / TV Bandeirantes
Boechat na bancada no Jornal da Band - Divulgação / TV Bandeirantes

Por volta das 12h15 no horário de Brasília, uma equipe de resgate é chamada para o vão central das pistas do Rodoanel que cruzavam a Rodovia Anhanguera, em São Paulo. Na ocasião, uma aeronave havia se chocado com um caminhão. Momentos depois, a confirmação; tratava-se de um helicóptero Bell 206B amarelo, prefixo PT-HPG.

A última informação a ser confirmada era sobre as vítimas. Fora constatado que o piloto era Ronaldo Quatruci, um dos proprietários da empresa RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda.

O único passageiro, no entanto, era o renomado jornalista Ricardo Boechat. De acordo com testemunhas oculares e com imagens da CET, o veículo realizava o trajeto em baixa altitude e tentou fazendo um pouso forçado na pista.

Contudo, ao alcançar a passarela, colidiu com um caminhão e sofreu uma grande explosão, vitimando fatalmente todos a bordo.

Cerca de 45 minutos antes, Boechat havia saído de um evento onde foi contratado para palestrar, na farmacêutica Libbs, em Campinas. O serviço de taxi aéreo foi contratado pela Zum Brasil, organizadora do evento e contratante do jornalista.

Caminhão atingido por helicóptero de Boechat no dia do acidente / Crédito: Divulgação / TV Bandeirantes

Investigação

Ao tomar conhecimento da empresa contratada para o traslado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou uma nota oficial afirmando que, apesar da nave estar com os documentos regularizados, não estava autorizada a prestar serviços de taxi aéreo, estando capacitada unicamente para realização de reportagens aéreas.

De acordo com o jornal O Globo, a empresa chegou a ser autuada oito anos antes por oferecer voos panorâmicos em sites de compras coletivas por R$ 250,00, tendo de pagar uma multa de R$ 20 mil.

No dia do acidente, o helicóptero buscou Boechat no heliponto da TV Bandeirantes, onde apresentou um jornal na Band News FM, e o levou até o evento, infringindo a regulamentação.

Em seu relatório final, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos relatou que a manobra forçada era válida pela emergência, mas a operação inadequada dos comandos da nave durante a autorrotação, somados a falta de manutenção, resultaram no trágico acidente.

Funcionários do jornalismo da Band reunidos durante homenagem / Crédito: Divulgação / TV Bandeirantes

O legado

Vencedor de três Prêmios Esso de Jornalismo — um pelo Estadão e dois por sua coluna no O Globo — e recordista do prêmio Comunique-se, Boechat já tinha o prestígio reconhecido antes da partida; em 2014 e 2015, foi eleito o jornalista mais admirado do Brasil ao lado de Miriam Leitão pela Maxpress e J&Cia. 

Foi comentarista político e econômico do Bom Dia Brasil da TV Globo entre 1997 e 2001, além de se tornar âncora quando foi contratado para a BandNews FM. Em 2006, se tornou apresentador fixo do principal jornal da TV Bandeirantes — cargo que ocupou até o último dia de vida.

No dia de sua morte, a BandNews FM chegou a sair do ar, tamanha a comoção dos funcionários. O Jornal da Band, por sua vez, foi apresentado com a cadeira do âncora desocupada.

Um grupo de taxistas, sempre saudados durante os programas matutinos do profissional, fizeram uma carreata nas suas da capital paulista, terminando na sede do Grupo Bandeirantes, onde realizaram um buzinaço com aplausos.

Na ocasião, o STF, STF, a Confederação Nacional da Indústria, o Ministério da Justiça e o presidente Jair Bolsonaro lamentara, por via de notas, a partida do jornalista.


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