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Matérias / Bizarro

O dia que Eddie Murphy quase foi preso por sair com uma prostituta

Shalimar Seiuli era uma profissional do sexo transgênera e trabalhava em Los Angeles quando foi abordada pelo ator durante a madrugada, em 1997

Pamela Malva Publicado em 12/02/2020, às 17h43

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Eddie Murphy em estreia - Wikimedia Commons
Eddie Murphy em estreia - Wikimedia Commons

Já fazia anos que Shalimar Seiuli trabalhava nas ruas de Los Angeles, na Califórnia. Ela se prostituía toda noite, a fim de arrecadar dinheiro para sua terapia de reposição hormonal. Seu ponto ficava no Boulevard Santa Monica, famoso pela prostituição de transgêneros.

Nascida na aldeia Mesepa, em Samoa Americana, um país na Oceania, Shalimar sempre se enxergou como menina, ainda que tivesse nascido com o corpo de um menino. Ela viu sua chance de ser quem quisesse nos Estados Unidos e passou a morar em Hollywood, em 1996.

Uma vez coroada Miss American Samoan Island Queen, em 1993, a mulher era prostituta de pessoas ricas e andava pelas ruas de Los Angeles sem medo. Àquela altura do campeonato, já estava acostumada com os carrões e com os hotéis caros.

Na madrugada do dia 2 de maio de 1997, Shalimar entrou em um Toyota Land Cruiser sem pensar duas vezes. Atrás do volante estava Eddie Murphy, o famoso ator de cinema. A prostituta não viu nada demais e seguiu com o artista no carro.

Foto de Shalimar Seiuli / Crédito: Domínio Público

Pouco tempo depois, no entanto, o carro de Eddie foi parado por policiais. O ator, é claro, foi interrogado e liberado em questão de minutos. Shalimar, prostituta e imigrante, não teve tanta sorte. Foi presa por um mandado pendente de prostituição.

Entre a prisão da mulher e a manhã do dia seguinte, grande parte dos jornais, revistas e tabloides americanos sabiam sobre a noite de Eddie e Shalimar. Os veículos não hesitaram em explorar a história e um deles até mesmo pagou a fiança da prostituta (de 15 mil dólares), pedindo que ela apenas cedesse detalhes sobre sua prisão em troca.

A repercussão do caso foi enorme, até porque Eddie Murphy tinha uma longa lista de profissionais do sexo transgêneros com quem passava suas noites. Em resposta às fofocas e manchetes, o ator contratou Paul Barresi, um detetive particular, para neutralizar o escândalo.

A polêmica ainda foi abordada no livro In the Closet with Eddie Murphy (No closet com Eddie Murphy, em português), de Candace Watkins. Na obra, autora citava prostitutas como Shalimar e Atisone, que alegavam ter tido encontros sexuais com o ator.

Eddie Murphy em 1988 / Crédito: Wikimedia Commons

Em pouco tempo, Shalimar virou uma celebridade e foi chamada para filmar um filme erótico. Ainda mais, ela deixou a prostituição para trás e se tornou a dona de uma boate — no novo negócio, ela fazia performances exóticas, onde encantava cobras e contava com presenças ilustres, como de Demi Moore e Charlie Sheen.

Em abril de 1998, toda a fama e riqueza de Shalimar chegaram ao fim, quando ela foi encontrada morta na calçada de seu prédio. A mulher vestia apenas suas roupas de baixo. Durante as investigações, policiais suspeitaram que ela estava trancada em seu apartamento e tentou sair.

Assim, ela usou seu roupão como uma corda improvisada para deslizar pelo telhado até encontrar uma janela aberta. No meio do caminho, no entanto, ela provavelmente escorregou, caiu do quinto andar e sofreu um traumatismo craniano, que levou à sua morte.


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