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Matérias / Curiosidades

Quase o dobro da capacidade: O voo que bateu recorde de maior número de passageiros

Em 1991, um Boeing 747 teve que carregar passageiros apertados em um voo da Etiópia para Israel

Isabela Barreiros, sob supervisão de Alana Sousa Publicado em 24/03/2021, às 07h00

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Pessoas aguardando embarque em avião em 1991 - Wikimedia Commons/Government Press Office (Israel)
Pessoas aguardando embarque em avião em 1991 - Wikimedia Commons/Government Press Office (Israel)

De acordo com o Guinness World Records, o livro que registra recordes ao redor do mundo, o voo que carregou o maior número de passageiros em uma única vez aconteceu em 24 de maio de 1991. O Boeing 747 levou mais de mil pessoas, segundo noticiado pelo UOL.

As estimativas oficiais afirmam que o avião da companhia aérea israelense El Al carregou 1.088 passageiros, mas as estimativas sobem um pouco mais quando consideramos que crianças podem ter embarcado escondidas na aeronave. 

Embora isso já fosse incomum, quebrando um recorde mundial, duas grávidas a bordo ainda deram à luz durante o voo, adicionando dois bebês ao número de viajantes naquele dia, que pode ter chegado a até 1.122.

Operação de resgate

Padrões de segurança existem para que os voos possam ser feitos de maneira responsável, sem colocar em risco seus passageiros. Nesse caso, o avião usado teria capacidade para transportar 452 assentos devido ao seu tamanho. No máximo, 600 passageiros. Mas acabou levando quase o dobro. 

O objetivo do voo era mais importante: ele fazia parte da Operação Salomão, uma operação de resgate que tinha como objetivo evacuar civis, mais especificamente judeus etíopes, para Israel. 

Como escreve Francisco Moreno Carvalho, Doutor pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel, em artigo, foram colocadas em prática “duas operações de resgate, denominadas de ‘operação Moisés’ (1984) e ‘operação Salomão’ (1991), [que] salvaram milhares de judeus etíopes ameaçados em campos de refugiados do Sudão e Etiópia”.

Passageiros embarcando / Crédito: Divulgação

Com o fim da guerra civil da Etiópia, Israel organizou o resgate da antiga comunidade de judeus etíopes, também conhecidos como “judeus negros”, que estavam vivendo uma situação drástica de perseguições religiosas e a fome. 

Para que a retirada fosse permitida, Israel fez um acordo com o governo do país, contando com o apoio dos Estados Unidos. Segundo o UOL, a operação poderia durar até duas semanas, no entanto, uma tomada de poder repentina por rebeldes fez com que o acordo fosse modificado: eles tinham somente 2 dias.

A operação conseguiu resgatar mais de 14 mil emigrantes para a capital israelense, Tel-Aviv, em apenas 24 horas. Para isso, foram necessárias quebras nos protocolos de segurança, como foi possível perceber com o voo superlotado do Boeing 747. 

Era quase uma missão impossível, mas eles conseguiram evacuar grande parte dos civis que se amontoavam no aeroporto esperando para embarcar no primeiro avião disponível. Para carregar os 14.325 judeus etíopes, foram necessários 34 aviões tanto da companhia aérea El Al quanto da força aérea de Israel. 

Eles ainda estavam com uma ocupação maior que a sua própria capacidade, sendo necessário um peso reduzido para a decolagem. Por exemplo, as pessoas carregavam apenas pertences pessoais e o tanque de combustível não foi totalmente preenchido, em uma viagem de pouco mais de três horas. 

É claro que os passageiros estavam apertados. Com o objetivo de carregar o máximo possível de pessoas, crianças não tinham assento próprio: elas sentavam no colo dos pais, que, extremamente magros devido à fome, ocupavam menos espaço que o normal. 

De 1980 a 1992, com três operações de resgate ocorridas, cerca de 45 mil judeus etíopes migraram para Israel. Ao chegarem, eles foram alojados e receberam assistência médica. Ainda assim, é possível afirmar que o preconceito e o racismo ainda continuavam, em um lento processo de integração à sociedade.


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