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Matérias / Segunda Guerra Mundial

Os estupros de mulheres durante a Segunda Guerra

Muitas sofreram abuso por parte de soldados durante as guerras que se desenvolveram ao longo da história - e não foi diferente no período

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 03/07/2021, às 09h00

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Soldados da Wehrmacht na Noruega em 1940 - Wikimedia Commons/Bundesarchiv
Soldados da Wehrmacht na Noruega em 1940 - Wikimedia Commons/Bundesarchiv

Ao longo dos milênios, muitas foram as guerras desenvolvidas pela humanidade. Motivados pela conquista de novos territórios, de controle político ou mesmo pelo extermínio de outros povos, inúmeros foram os conflitos travados nas mais diversas localidades do mundo. E em toda parte, em todas as épocas, a violência generalizada foi uma regra. 

Contudo, a tortura para com pessoas do sexo feminino foi, muitas vezes, diferente da praticada com os homens. O estupro, praticado em larga escala durante as guerras, foi um fato praticamente ignorado pela pesquisa durante muito tempo.

Violência sexual na Segunda Guerra

Durante a Segunda Guerra Mundial, houve diversas ocorrências de violência sexual contra mulheres de todas as idades por parte de oficiais do exército.

Conforme explica o livro "Os Mitos da Segunda Guerra Mundial", compilado por Jean Lopez e Olivier Wieviorka, é preciso distinguir a prática de indivíduos que, munidos de uma arma e um uniforme, se aproveitavam da vulnerabilidade de mulheres frente "à autoridade", daqueles que o praticavam como um ato de punição de guerra.

Guernica bombardeada / Crédito: Domínio público/Bundesarchiv

A obra ressalta, no entanto, que, nos tempos de paz, os estupros não eram permitidos e, em todos os códigos miliares, havia uma determinada punição para membros que cometessem tal crime.

As penas poderiam ir da morte à simples transferência de unidade, no caso dos oficiais mais privilegiados.

Como exemplo, a obra relembra o caso dos membros da Wehrmacht que abusaram de mulheres francesas durante a Ocupação e que tiveram como punição a prisão ou transferência para o front russo.

Estupros em massa

A obra também cita o estupro das alemãs por parte do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra, com centenas de milhares de ocorrências no território do Reich.

Soldados lutando na guerra, em 1939 / Crédito: Domínio Público

Conforme o livro, as propagandas nazistas já alertavam a população sobre esse risco, de modo que muitas pessoas se deslocaram para outras localidades. Nesta época, houve ainda grande ocorrência de suicídios de mulheres.

Uma "mancha biológica"

Os estupros, além de simbolizarem o domínio dos que atacavam sobre a população violentada, ainda tinham um objetivo: promover uma "mancha biológica" a partir da geração de filhos mestiços nas vítimas.

No caso das mulheres alemãs, seriam geradas crianças meio-eslavas, contrariando o princípio alemão de superioridade da raça ariana, configurando-se, portanto, em uma dupla desonra. 

Os franceses realizaram o mesmo contra as italianas durante o conflito, com cerca de 3 a 5 mil ocorrências na Itália Meridional. Neste caso, a França foi obrigada a pagar uma indenização às vítimas até a década de 1970.

Catedral de São Paulo, em Londres, após bombardeio alemão / Crédito: Domínio Público/H. Mason

Políticas de terror e impunidade após a guerra

O livro ainda ressalta as violações cometidas pelos alemães contra as francesas entre maio e agosto de 1944, que tinha como objetivo provocar o terror e evitar que a população ajudasse membros da Resistência.

Entretanto, por mais que a violência sexual tenha sido considerada um crime de guerra pela United Nations War Crimes Commission no ano de 1943 e como crime contra humanidade pela lei nº 10 do Conselho de Controle Aliado, de 20 de dezembro de 1945, não houve qualquer punição por essa razão nos processos de Nuremberg.


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