Nos últimos dias, os Estados Unidos derrubaram quatro objetos voadores, um deles um balão chinês, os outros ainda não identificados; confira!
Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 13/02/2023, às 16h00
Nos últimos dias, um assunto que tem ficado em alta não só nas redes sociais como também, aparentemente, em meio às forças de defesa dos Estados Unidos, é o aumento na taxa de surgimento de Objetos Voadores Não-Identificados (ÓVNIs) nos céus norte-americanos.
Em especial desde a última sexta-feira, 10, quando um desses objetos foi derrubado no Alasca — embora alguns apontem que a confusão toda já tenha se iniciado antes, no dia 4 de fevereiro.
Primeiramente, é importante pontuar que o termo ÓVNI não é atribuído exclusivamente à "naves alienígenas", mas sim a qualquer objeto que sobrevoe alguma região sem o conhecimento daquela nação. Por exemplo, um balão não identificado é, a primeiro momento, qualificado como um ÓVNI.
+Existe diferença entre Óvni, ET e Alienígena?
Sabendo disso, pode-se apontar, desde o início de fevereiro, quatro incidentes com ÓVNIs envolvendo os Estados Unidos ou o Canadá. O primeiro deles, no dia 2, quanto os norte-americanos identificaram e derrubaram o que, depois, a China afirmou ser um balão meteorológico que lhes pertencia; os outros três, porém, não tiveram nenhuma justificativa apresentada até o momento: sabe-se apenas que um foi derrubado no Alasca, outro em formato cilíndrico no Canadá e um octogonal na fronteira entre os países.
Além disso, em resposta aos ataques que vem sofrendo, tendo os Estados Unidos apontado muitos dedos para os objetos voadores como se fossem balões espiões, a China também anunciou ter visto outro ÓVNI sobrevoando o mar perto de uma de suas regiões costeiras. Ainda acrescentaram que, em 2022, mais de dez objetos voadores dos EUA sobrevoaram o país.
Confira a seguir tudo que se sabe sobre cada um desses objetos voadores derrubados, as condições e locais em que foram encontrados:
Conforme lembrado pelo G1, era fim de janeiro de 2023, quando os Estados Unidos identificaram um balão sobrevoando seu espaço aéreo, tendo flutuado ainda até o Canadá e, por fim, retornado ao país, no dia 2 de fevereiro.
A princípio, Joe Biden teria autorizado a derrubada do objeto, mas como se encontrava sobrevoando uma zona residencial, onde poderia atingir a população com sua queda, os militares decidiram por aguardar até que o balão se entrasse em uma zona mais aberta. Então, no dia 4 de fevereiro, por fim, ele foi abatido na costa do estado da Carolina do Sul.
O governo norte-americano rapidamente veio a público e alegou que o balão era certamente utilizado pelo governo chinês para espionagem — além de o país possuir um programa de vigilância do Exército Popular de Libertação que faz uso desse tipo de objeto, ele também sobrevoou instalações militares estadunidenses —, enquanto a China insiste que ele só realizava pesquisas meteorológicas.
Concluindo essa confusão, que ainda segue em aberto, mas é a com menos dúvidas das mencionadas, o Ministério das Relações Exteriores da China apontou que o balão apenas capturava informações sobre o clima e que a queda teria sido uma "reação exagerada" e "uma grave violação da prática internacional" dos norte-americanos.
Agora, o FBI (Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos) detém os restos do objeto para uma análise mais detalhada.
Agora, os demais objetos voadores derrubados pelos Estados Unidos possuem mais alguns segredos em seu entorno. O que se sabe sobre o segundo é apenas que ele tinha o tamanho de um carro pequeno e fora derrubado por dois caças na última sexta-feira, 10, no Alasca. Assim como o anterior,Joe Biden foi notificado e ordenou o ataque.
Curiosamente, em vez de serem simplesmente atirados mísseis no objeto voador, primeiro foram enviados aviões para observá-lo mais de perto, sendo constatado que eles não eram tripulados.
Como justificativa para a ação, as Forças Armadas do país atestaram que o objeto poderia representar uma ameaça ao tráfego aéreo civil — isso porque voava a uma altura de pouco mais de 12 km, a mesma dos aviões comerciais; o balão chinês foi avistado a 18 km de altura, e balões de vigilância padrão ficam entre 24 e 36 km de distância do solo.
Não sabemos a que entidade pertence este objeto, não há indicação de que seja de uma nação, de uma instituição ou de um indivíduo", disse John Kirby, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.
Apenas um dia depois do ÓVNI derrubado no Alasca, um caça derrubou outro, em formato cilíndrico, que sobrevoava o território canadense de Yukon. Este objeto, por sua vez, foi identificado na noite de sexta-feira, 10, pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad), uma entidade conjunta entre EUA e Canadá para proteger os céus norte-americanos.
Logo após a identificação, Anita Anand, ministra da Defesa do Canadá, e Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, conversaram e decidiram juntos por usar um míssil para derrubar o objeto voador. Por conta do incidente, alguns voos foram restritos temporariamente no norte de Montana, naquela noite.
No último domingo, 12, um quarto objeto voador não-identificado foi derrubado pelos Estados Unidos, na região fronteiriça entre o país e o Canadá, na região do Lago Huron.
Informações de oficiais das Forças Armadas que optaram por manter o anonimato deram alguns detalhes sobre a operação, mas não informaram se o ÓVNI era manobrável ou se apenas flutuava pelas correntes de ar. Porém, entre as informações reveladas, chama bastante atenção seu formato, que é octogonal, e também que ele não carregava nenhuma carga.
O Pentágono, por sua vez, afirmou em comunicado que, mesmo que ele não representasse algum tipo de ameaça militar, poderia ainda cumprir funções de vigilância — argumento este fortalecido pelo fato de que o ÓVNI voava próximo a áreas militares —, e por isso a decisão tomada foi de derrubá-lo.
Ainda no domingo, funcionários do Pentágono afirmaram não serem capazes de identificar o que eram exatamente os objetos abatidos nos últimos dias, e nem quanto tempo aproximadamente permaneceram no ar.
Além disso, autoridades da inteligência norte-americana ainda incluem que relatórios devem ser enviados ainda nesta segunda-feira, 13, ao Congresso Nacional dos Estados Unidos.
