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Matérias / Personagem

Percy Fawcett, o eterno explorador em busca da Cidade Perdida de Z

O maior sonho do britânico era encontrar o curioso lugar no meio da Amazônia, cuja localização ele acreditava que sabia

Caio Tortamano Publicado em 04/09/2020, às 07h00

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O explorador Percy Fawcett - Wikimedia Commons
O explorador Percy Fawcett - Wikimedia Commons

Por mais fantasiosas que sejam as histórias do personagem Indiana Jones, pouca gente sabe de onde o personagem veio. Protagonista da clássica série de filmes que contam a história do arqueólogo que, entre outras facetas, enfrenta nazistas e encontra o Santo Graal, o homem foi baseado em explorador de verdade: o britânico Percy Fawcett.

Inclusive, o aventureiro, que também era coronel do exército, viveu grande parte das suas aventuras na América do Sul. O personagem de Harrison Ford, por sua vez, viajou principalmente pelos países da África, Ásia e América Central.

O motivo de Fawcett explorar o continente era claro: tinha sido contratado pelo governo da Bolívia para demarcar com detalhes a fronteira entre o país, o Brasil e o Peru, em plena floresta amazônica. A chegada, em 1906, serviu para que Percy definisse o sentido de sua vida, que se resumia em encontrar uma suposta cidade perdida no coração da mata, a qual ele chamou de Z.

Indiana Jones em combate durante uma cena de seu filme / Crédito: Divulgação - Lucasfilm

A busca pela cidade

Esse fascínio começou quando o britânico estava no Sri Lanka, onde teria encontrado inscrições de um alfabeto pouco conhecido. Depois de pesquisar o lugar em diversos arquivos, encontrou outras escritas parecidas que falavam da suposta cidade perdida, que ficava perdida no interior do Brasil, muito possivelmente na Bahia.

As buscas teriam continuidade 19 anos depois, quando o explorador voltou ao Brasil na companhia de seu filho, Jack Fawcett, e o amigo Raleigh Rimmel, em 1925. Naquela época, o interesse pelo interior brasileiro não era amplo como é agora e, por conta das dificuldades técnicas que existiam para exploradores, eram poucas as expedições.

Nesse sentido, a área que os aventurieiros estavam visitando não era mapeada. Os estrangeiros, aliás, estavam em uma grande região que ainda não tinha sido pesquisada e cartografada por povos tidos como civilizados. Uma autora italiana chamada Margherita de Tomas dedicou uma obra inteiramente ao trabalho de Fawcett, e afirma ser realmente possível que houvesse uma cidade perdida no território amazônico.

Esse terreno inexplorado e um tanto místico foi o local perfeito para que os três exploradores simplesmente desaparecessem. O não retorno dos homens fez com que a história se espalhasse e, em determinado momento, o mundo todo soube que um experiente explorador não tinha voltado da Amazônia.

O viajante Orlando Villas Bôas observando o que supostamente são as ossadas de Fawcett / Crédito: Wikimedia Commons

Mistério

Desde então, são muitos os autores e pesquisadores, como Margherita, que tentam decifrar o que teria acontecido com Fawcett e seu filho na mata. Como legado, Percy deixou um grande mistério, e uma legião de pessoas que querem saber o destino final dos britânicos.

Uma das teorias mais replicadas acerca do caso é a de que os três foram mortos por nativos. A ideia, contudo, vai contra as próprias anotações de Fawcett, que tinha uma boa relação com os locais — em grande parte muito amistosos com o estrangeiro.

A experiência do homem deu a ele uma vaga na Royal Geographical Society, em Londres, onde ele conseguiu treinar explorações com um grupo de especialistas no assunto, além de ter adquirido um pequeno vocabulário e bom entendimento das línguas dos indígenas locais.

Isso tudo entra em conflito com uma das mais aceitas teorias sobre a morte de Percy Fawcett: a de que teria sido assassinado. A falta de conhecimento do local poderia, de fato, abranger a existência de uma tribo violenta com visitantes ou mesmo canibal, é o que diz, inclusive, um relato da tribo kalapalo, naturais do Xingú.

O britânico se tornou amigo da liderança da tribo, que, com um profundo conhecimento do lugar, avisaram ser perigoso o caminho que o explorador queria tomar para encontrar a tal da Cidade Z, por conta da existência de uma tribo perigosa e agressiva.

Os próprios kalapalos, que contaram a história em sua tradição oral para o autor David Grann — que escreveu sobre a expedição — acreditam que Fawcett caiu numa emboscada, e ficou permanentemente preso no local que sempre admirou.


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