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Matérias / Egito Antigo

Quando 21 mil pessoas assinaram uma petição para beber a água de um sarcófago de 2 mil anos

Em 2018, um sarcófago descoberto no Egito causou enorme frenesi nas redes sociais

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/09/2021, às 08h00

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Sarcófago descoberto no Egito em 2018 - Divulgação/Ministério de Antiguidades do Egito
Sarcófago descoberto no Egito em 2018 - Divulgação/Ministério de Antiguidades do Egito

O mundo parou para ver a abertura de um sarcófago que foi encontrado no bairro de Sidi Gaber, em Alexandria, Egito, em 2018. A tumba de granito preto estava enterrada a mais de cinco metros de profundidade e causou grande frenesi nas redes sociais.

O artefato registra 2,65 metros de comprimento e 1,65 metro de largura, sendo o maior túmulo já encontrado em Alexandria desde então. Com tamanha grandiosidade, especulações começaram a surgir sobre quem estaria enterrado em seu interior.

Na época, foi até especulado que a peça de 2 mil anos poderia ter sido usada para armazenar o corpo de ninguém mais ninguém menos que Alexandre, o Grande, o importante rei da Macedônia.

Outros apontaram para a conspiração de que caso os arqueólogos abrissem o sarcófago, seriam atingidos por uma maldição milenar, ou seja, mais teorias conspiratórias.

O sarcófago descoberto no Egito / Crédito: Divulgação/Ministério de Antiguidades do Egito

Foi no dia 19 de julho de 2018 que o Ministério de Antiguidades do Egito anunciou que havia tirado a tampa do artefato e, finalmente, identificado o que ele guardava. Para muitos internautas, veio a decepção: nenhuma das teorias estava correta.

Descobriu-se que o sarcófago não guardava múmias, mas sim três esqueletos e uma água suja, que os pesquisadores acreditam ter vindo de uma vala de esgoto e adentrado o caixão através de alguma fresta. Esse processo teria ajudado o processo de decomposição das múmias

Shaaban Abdelmoneim, especialista em múmias e esqueletos consultado pelo então secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades e chefe da missão egípcia, Mustafa Waziri, os restos mortais provavelmente eram de “três oficiais militares ou guerreiros”. 

Mas o que deu mesmo o que falar mesmo após a revelação do que estava, de fato, dentro da tumba foi o líquido de coloração avermelhada que preencheu o túmulo devido a uma infiltração. 

Um abaixo assinado no site Change.org foi criado em 2018 por pessoas que queriam ter a chance de beber a água descoberta dentro do caixão, mesmo que se tratasse apenas de esgoto que acabou entrando acidentalmente dentro da caixa de 2 mil anos.

Estátua descoberta junto do sarcófago / Crédito: Divulgação/Ministério de Antiguidades do Egito

A situação chegou a um ponto tão chocante que cerca de 21 mil pessoas assinaram a petição, se voluntariando para beber a água suja e pedindo a liberação do governo egípcio para tal, como relatou a Superinteressante na época do acontecido.

Elas acreditavam que o líquido, ainda que fosse somente esgoto armazenado, poderia ser uma espécie de elixir mágico, e queriam tentar a própria sorte, ainda que pudessem sofrer grande dano ao ingerir tal substância.

O texto da petição dizia: “Precisamos beber o líquido vermelho do sarcófago amaldiçoado na forma de uma bebida energética, para conseguirmos seus poderes e finalmente morrermos.” 

Como o número de pessoas que assinou o abaixo assinado foi enorme e o caso começou a ganhar grande repercussão, as autoridades do Egito tiveram que se posicionar sobre o assunto e afirmaram que não iriam liberar a água para ser tomada. 

Em nota, eles declararam: “Nenhum dos esqueletos encontrados era do líder grego Alexandre, o Grande, como chegou a ser propagado pela mídia. Não há motivos para quererem acesso a esse líquido, ele não tem relevância histórica, é só água de esgoto”.



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