Maneira como Jeffrey Dahmer escapou dos crimes é retratada em nova série da Netflix
Wallacy Ferrari Publicado em 25/09/2022, às 09h00
Em 1991, o assassino em série Jeffrey Dahmer chocou a nação dos EUA ao ser preso, com a Polícia de Milwaukee encontrando diversos cadáveres desmembrados em freezeres e até um tonel de ácido em sua residência. A descoberta foi feita após a denúncia de um rapaz que conseguiu escapar da morte ao ser levado para o mesmo local.
Apesar do caso tenebroso, amplamente noticiado, Dahmer cooperou com a investigação e processo, assumindo a autoria dos crimes, datados entre os anos de 1978 e 1991. Uma das partes mais tétricas partiu do reconhecimento das vítimas, cujos restos mortais, mantidos em seus eletrodomésticos, foram revelados e devolvidos a familiares.
Listando quem foram as vítimas, ele relatou os esquartejamentos, atos de necrofilia e até canibalismo, armazenando as partes por "curiosidade", como relatou em reveladora entrevista ao Inside Edition em 1993.
Mantive a cabeça mumificada e o crânio de uma das minhas vítimas em uma maleta no meu armário no trabalho. [...] Isso é o quão forte era a compulsão. Isso é o quão forte era o desejo. Eu queria manter a pessoa comigo", disse ele durante a entrevista.
Familiares das vítimas e sobreviventes relataram, em tribunal, o sofrimento causado por Dahmer, surpreendendo o mundo com os depoimentos. A maneira como o canibal escapou dos crimes durante anos é retratada na série 'Dahmer: Um Canibal Americano', da Netlfix, que descreve que a produção "analisa os crimes terríveis cometidos por Jeffrey Dahmer e os problemas sistêmicos que permitiram que um dos maiores serial killers dos Estados Unidos continuasse agindo com total impunidade ao longo de mais de uma década."
Antes levantar individualmente as idades, é considerado um perfil de vítimas; todas as pessoas que Jeffrey Dahmer matou eram homens, sempre jovens, e a maioria distinta da etnia do próprio assassino, ou seja, rapazes afro-americanos ou com ascendência asiática e latina. Normalmente, eram encontrados em locais públicos, como informou o Diário do Nordeste.
Chegou também a frequentar boates destinadas ao público gay, oferecendo sexo e propostas em dinheiro. Após atraí-las para sua residência, os dopava com álcool misturado com outras drogas e realizava a execução. Em seguida, o ato sexual com o cadáver e, às vezes, o desmembramento para guardar os membros como recordação.
Com esse processo, ele matou vítimas de idades entre 14 e 33 anos, com o mais velho sendo Ricky Beeks, e os mais jovens, dois garotos identificados como Konerak Sinthasomphone e Jamie Doxtator, os únicos menores de idade da lista. A idade mais comum era de 23 anos, com três dos assassinados. Confira as idades abaixo.
Steven Hicks (18 anos); Ricky Beeks, (33 anos); Joseph Bradehoft, (25 anos); Jamie Doxtator (14 anos); Ricardo Guerreiro ( 25 anos); Anthony Hughes (31 anos); Oliver Lacy (23 anos); Errol Lindsey (19 anos); Ernest Miller (22 anos); Anthony Sears (26 anos); Konerak Sinthasomphone (14 anos); Edward W. Smith (28 anos); Curtis Straugher (18 anos); David C. Thomas (23 anos); Matt Turner (20 anos); Jeremy Weinberger (23 anos).
